Suplicy não vê responsabilidade do PT na absolvição de Renan
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou não ser possível responsabilizar qualquer partido pela rejeição do projeto de resolução (PRS 53/07) que recomendava a perda de mandato do presidente do Senado, Renan Calheiros, por quebra de decoro parlamentar. Assim, rechaçou a acusação de que os votos de petistas teriam favorecido a absolvição de Renan. E ponderou que só seria possível atribuir responsabilidades se os senadores assumissem publicamente o seu voto.
- A decisão da bancada do PT foi de que poderíamos votar de acordo com a nossa convicção e consciência. Eu só posso responder pelo meu voto, que foi sim - explicou.
Suplicy disse que se sentiria melhor se o seu voto tivesse sido respaldado por mais 40 senadores - mínimo exigido para a cassação de mandato de Renan -, mas disse respeitar a decisão do Plenário e ter a sensação do dever cumprido. Admitiu ainda não ter se convencido dos argumentos de Renan contra a acusação de quebra de decoro e considerou adequado e justo poder revelar o seu voto, avaliado como demonstração de respeito para com os eleitores.
Sua expectativa é de que as três outras representações contra Renan Calheiros (suposta intermediação de interesses da cervejaria Schincariol junto ao INSS, suposta compra de emissoras de rádio em nome de terceiros e suposto desvio de recursos de ministérios comandados pelo PMDB) sejam analisadas de uma só vez. As duas primeiras já foram transformadas em processo. Caso alguma delas resulte em novo projeto de resolução recomendando a cassação de mandato de Renan, espera que, até lá, tenham sido aprovadas mudanças no Regimento Interno do Senado e na Constituição para permitir as sessões de discussão e votação abertas.
12/09/2007
Agência Senado
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