Suplicy pede ao Ministro da Justiça proteção para o AfroReggae



Em carta dirigida ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pede que sejam tomadas medidas que garantam a segurança dos integrantes do AfroReggae.

A organização não governamental  anunciou o fim das atividades no Complexo do Alemão na última semana. Segundo o coordenador do grupo,  José Júnior, a decisão foi tomada por causa da ameaça de traficantes.

“Considero muito importante que os governos federal e estadual, em cooperação com o governo municipal do Rio de Janeiro, possam tomar medidas que signifiquem o resguardo e  a segurança dos responsáveis e participantes das atividades do AfroReggae”, pede Suplicy  no documento encaminhado nesta quinta-feira (25).

No dia 16 de julho, o prédio da organização, localizado no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, teve dois de seus três pavimentos parcialmente destruídos por um incêndio. No prédio – onde estava instalada a redação do jornal Voz da Comunidade – começaria a funcionar, a partir de 5 de agosto, uma pousada para 30 pessoas.

“Nesta última quarta-feira, 24 de julho, José Junior procurou-me para informar que, nas últimas semanas, o Grupo Cultural AfroReggae, seus responsáveis, inclusive ele próprio, assim como as suas instalações estavam sendo objeto de ameaças", prossegue Suplicy na carta.

Criado em 1992, o AfroReggae oferece oficinas de dança, música, teatro em seis comunidades do Rio de Janeiro. No Complexo do Alemão, o grupo também tem um histórico de mediar conflitos envolvendo traficantes para evitar ações violentas. Suplicy destaca na carta que o AfroReggae conseguiu, ao longo dos últimos anos, construir pontes “que servem de alicerces para a sustentabilidade e o exercício da cidadania”.

"Por diversas vezes, convidado por José Junior, nos últimos dez anos, visitei as suas instalações e atividades, por vezes para fazer palestras em áreas como a do Complexo do Alemão, Vigário Geral e outras regiões carentes do Rio de Janeiro. Ali pude trocar ideias sobre temas como a Renda Básica de Cidadania sobretudo com os jovens que desenvolvem as mais diversas atividades culturais, artísticas e esportivas” – recorda o senador.



26/07/2013

Agência Senado


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