SUPLICY PEDE QUE PRESIDENTE APÓIE "TAXA TOBIN"



Em ofício encaminhado ao Palácio do Planalto, lido nesta sexta-feira (dia 11), em plenário, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu ao presidente Fernando Henrique Cardoso que manifeste seu apoio público à instituição de imposto sobre transações financeiras internacionais, nos moldes propostos pelo professor James Tobin, da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut, nos Estados Unidos. Suplicy associou-se ao professor Celso Furtado, que fez recomendação similar ao presidente.O senador comunicou a Fernando Henrique visita feita por ele a Tobin, no dia 3 de junho, junto com a ex-deputada Marta Suplicy e o professor Roberto Mangabeira Unger. Na ocasião, Suplicy relatou recentes pronunciamentos, no Brasil, de diversos parlamentares e também do presidente, em favor da adoção de tal taxa.Conforme informou no ofício, Suplicy transmitiu a Tobin os convites do presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães, para que faça uma palestra no Senado Federal, e do próprio Fernando Henrique, para que, em visita ao Brasil, possam reunir-se. Segundo Suplicy, o professor de Yale agradeceu, mas, por não poder ausentar-se por muito tempo da companhia de sua esposa, enferma, disse preferir que o encontro seja realizado em uma das viagens do presidente aos EUA."Considero importante que Vossa Excelência esteja atento para o alerta feito pelo professor Paulo Nogueira Batista Jr. de que os apelos junto aos países do G-7 ou do Mercosul para que acelerem a reforma do sistema financeiro internacional e estabeleçam mecanismo de controle dos capitais voláteis não sejam uma maneira de desviar a atenção do fundamental, que está ao alcance imediato do governo, do Executivo e do Legislativo" - afirmou o senador, no ofício.Ainda na correspondência ao presidente, Suplicy reproduziu trechos de artigos de Paulo Nogueira Batista Jr. publicados no jornal Folha de S. Paulo, nos quais o economista sugere ao governo que adote medidas para o controle rigoroso da estrutura temporal dos passivos internacionais do país, com a redução da participação de obrigações voláteis, ou de curto prazo, e para a administração cuidadosa do perfil da dívida externa de médio e longo prazos. Suplicy listou também a necessidade de fortalecimento dos mecanismos de controle da balança de pagamentos e de devolução, ao Banco Central, do poder de regular, "de modo seletivo e criterioso", a entrada e saída de capitais.- Os fatos que estão vindo à luz na CPI do Sistema Financeiro estão mostrando a necessidade de medidas nesta direção - concluiu Suplicy.

11/06/1999

Agência Senado


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