Suplicy propõe homenagem a Vieira de Mello nos dez anos de sua morte
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou em Plenário nesta terça-feira (16) ter encaminhado à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) requerimento para realização de audiência pública, no dia 19 de agosto, para lembrar os dez anos de morte do funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU) Sérgio Vieira de Mello. Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Vieira de Mello morreu em 19 de agosto de 2003, juntamente a outras 21 pessoas, vítimas de um atentado em Bagdá, no Iraque, contra a sede local da ONU.
Suplicy disse que a data é triste para o Brasil e para as Nações Unidas e também para todos aqueles que, como ele, acreditam que a paz e a segurança ainda podem ser alcançadas em todo o mundo. A audiência pública, defendeu, seria uma homenagem ao “ilustre brasileiro que dedicou sua vida à promoção da paz mundial e à busca da justiça”, tornando-se um exemplo para todos os cidadãos.
O senador destacou que o carioca Sérgio Vieira de Mello era conhecido como bom negociador, a ponto de o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmar que ele era "a pessoa certa para resolver qualquer problema”. Primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da ONU, ele atuou em alguns dos principais conflitos mundiais: Bangladesh, Camboja, Líbano, Bósnia e Herzegovina, Kosovo, Ruanda e Timor-Leste.
- O mundo perdeu não só um ardoroso defensor da paz e dos direitos humanos, mas também um líder humanitário incansável – lamentou o senador, lembrando que chegou a conversar com Vieira de Mello algumas vezes para lhe propor a defesa de um novo modelo de exploração de petróleo no Iraque, que beneficiasse toda a população do país.
Suplicy acrescentou que, por sua disposição para ir ao campo de ação, coragem e carisma, além da eficiência na negociação com governos corruptos e ditadores, Vieira de Mello era considerado como um possível sucessor de Kofi Annan à frente da Secretaria-Geral das Nações Unidas.
Para a audiência pública, o senador sugere o convite de representantes do Ministério das Relações Exteriores, das Nações Unidas no Brasil e da argentina Carolina Larriera, sua companheira nos últimos anos de vida.
16/07/2013
Agência Senado
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