Morte de Vieira de Mello comove o Senado



Emocionado, o presidente do Senado, José Sarney, abriu as manifestações que antecederam a aprovação do requerimento de pesar pela morte do embaixador Sérgio Vieira de Mello, morto na explosão de um carro-bomba que atingiu o prédio da Organização das Nações Unidas (ONU), em Bagdá.

Sarney disse que o embaixador marcou sua carreira com valiosos serviços prestados à causa do bom relacionamento entre as nações. Lembrou que o brasileiro esteve presente desde o início de sua carreira no Alto Comissariado da ONU pelos Refugiados, onde começou a viajar por regiões submetidas a conflitos e guerras.

Vieira de Mello esteve na Bósnia, na Suíça, no Líbano, em Bangladesh e no Timor Leste, onde conduziu o país à independência e à realização de eleições livres, antes de seguir para o Iraque, com a missão de trabalhar para restabelecer a tranqüilidade e ajudar o país a construir um governo democrático no pós-guerra, assinalou o presidente do Senado.

- Sua presença em Timor Leste foi uma das missões mais espinhosas reservadas às Nações Unidas e muito cara ao Brasil, porque era a reintegração daquele país na comunidade de língua portuguesa. Sua última tarefa foi igualmente relevante. Foi graças a seu valor, à sua autoridade e ao seu prestígio internacional que ele foi escolhido para essa difícil missão no Iraque.

Sarney disse ainda que toda a vida do embaixador foi dedicada -à causa da paz, em benefício da paz, lutando pela paz, procurando consolidar esse ideal tão grande que é o ideal que une todos os povos do mundo em busca de um mundo mais justo, mais humano e menos violento-.

O requerimento votado pelo Plenário foi definido por Sarney como uma expressão do sentimento do Senado e de todo o povo brasileiro. Estavam inscritos nessa manifestação de pesar os senadores Marco Maciel (PFL-PE), Hélio Costa (PMDB-MG), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Eduardo Suplicy (PT-SP), Aloizio Mercadante (PT-SP), José Agripino (PFL-RN), Tião Viana (PT-AC), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jefferson Péres (PDT-AM).



19/08/2003

Agência Senado


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