Suplicy quer que reuniões do Copom sejam transmitidas pela TV
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) anunciou que vai apresentar emenda aditiva a projeto de sua autoria, em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, propondo que as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, sejam transmitidas pela televisão. Ao iniciar seu pronunciamento, ele defendeu que a transmissão fosse feita pela TV Senado, mas, depois de aparte do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), relator da matéria, Suplicy concordou que o senador baiano apresente substitutivo ao texto original, sugerindo que a Radiobrás fique encarregada do registro e veiculação do material gravado.
O projeto de Suplicy que deverá receber a emenda aditiva obriga a TV Senado a transmitir as reuniões dos Conselhos Monetário Nacional, do Fundo de Amparo ao Trabalhador, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Nacional de Educação, o Nacional de Saúde e Nacional de Seguridade Social. O objetivo é permitir que a população saiba o que acontece nessas reuniões.
Para o caso específico do Copom, Eduardo Suplicy informou que caberia ao ministro da Fazenda e ao presidente do Banco Central definir se as reuniões daquele comitê seriam transmitidas ao vivo ou gravadas e depois veiculadas. Ele destacou a importância de as razões que fundamentam as decisões sobre política monetária e cambial, especialmente a taxa de juros, serem colocadas para a sociedade de maneira transparente.
- Nota-se hoje uma enorme polêmica entre economistas, empresários dos mais diversos segmentos e inclusive entre integrantes do governo sobre a manutenção, pelo Copom, da taxa básica de juros em 26,5%. Quais as razões e fundamentos que levaram a tal decisão? A transmissão dessas reuniões vai permitir que a população entenda melhor e tornar essas reuniões transparentes e abertas - justificou Suplicy.
ONU
O senador por São Paulo também informou que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou na manhã desta quinta-feira (22) requerimento para realização de audiência pública com o alto comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Sérgio Vieira de Melo. Ele deverá debater com os senadores a missão humanitária que desempenhará no Iraque, como mais alto representante da ONU, indicado pelo governo norte-americano. Suplicy acrescentou que o diplomata também poderá contar sua experiência no processo de democratização do Timor Leste.
22/05/2003
Agência Senado
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