SUPLICY RECOMENDA O FILME GUERRA DE CANUDOS
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) manifestou-se hoje (dia 30) emocionado com o filme Guerra de Canudos, de Sérgio Resende, e recomendou a todos os brasileiros que o assistam, o discutam e observem o paralelo entre essa obra e o momento vivido pelo Brasil. "Que bom que o cinema brasileiro está a produzir filme de tal qualidade", disse.
Ele parabenizou todos os que trabalharam no filme, citando os atores José Wilker, Cláudia Abreu, Marieta Severo e Paulo Betti, numa referência aos personagens integrantes da família de sitiantes "que resolveram se juntar a Antonio Conselheiro para fundar uma comunidade de justiça e solidariedade". O senador resumiu aquele épico como uma luta resultante da insistência da República em cobrar impostos sem a contrapartida dos benefícios.
Suplicy cumprimentou também a pertinácia da produtora Marisa Leão para conseguir recursos para o filme, e lembrou que o senador Antonio Carlos Magalhães incentivou a produção. O senador se disse impressionado com a constatação de que "a descrição dos fatos está tão próxima da realidade contemporânea brasileira". Ele celebrou os grandes jornalistas da época, "como Euclides da Cunha, que há 100 anos, reproduziu essa epopéia brasileira no livro Os Sertões".
- O sertanejo continua sobretudo um forte - disse ainda o senador, para quem essa produção terá grande repercussão nacional e internacional, e certamente servirá para incentivar os jovens a lerem a obra de Euclides da Cunha. Suplicy também informou que esteve na região de Canudos em 1994, podendo compreender perfeitamente o que significa viver ali.
No mesmo discurso, o senador leu ofício por ele enviado ao governador de São Paulo, Mário Covas, sobre o projeto de resolução do Senado que autoriza operação de refinanciamento das dívidas daquele estado. Ele explicou que seu comportamento em plenário não teve motivações protelatórias, mas visou unicamente a compatibilizar as aspirações de São Paulo com o dever de respeito à Constituição, às resoluções e atos do Senado, no que tange às suas atribuições de controle da dívida da União, Estados, Distrito Federal e municípios.30/09/1997
Agência Senado
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