Tarifas de água e luz devem financiar preservação de florestas, diz especialista
Em debate nas comissões de Meio Ambiente (CMA), de Agricultura (CRA) e de Ciência, e Tecnologia (CCT), Virgílio Viana, superintendente da Fundação Amazonas Sustentável, sugeriu que os recursos correspondentes a 1% do pagamento das contas de água e luz sejam usados para remunerar aqueles que mantêm as florestas, essenciais para a geração de energia e o abastecimento das cidades.
Viana ressaltou a necessidade de o Senado aprimorar a versão do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011) aprovada na Câmara, que está focada, como observou, em instrumentos de comando e controle e não avança na definição de mecanismos econômicos para incentivar a preservação ambiental.
Para ele, a discussão do projeto da Câmara levou à visão equivocada de que a conservação das florestas é contra o interesse nacional. Ao contrário, reforçou, as áreas vegetadas são essenciais para a geração de energia, para a produção agropecuária e para o abastecimento de água nas cidades.
Ele defendeu a inclusão, no novo código, de base legal que permita a valoração do carbono produzido pelas florestas, com definição jurídica clara que facilite a elaboração dos contratos.
Também Carlos Eduardo Young, professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destacou a necessidade de aprovação de regras claras que incentivem o pagamento por serviços ambientais.
Mais informações a seguir
15/09/2011
Agência Senado
Artigos Relacionados
Metade das florestas incendiadas poderia ter sido poupada, estima especialista
Especialistas discutem incentivos econômicos para preservação das florestas
Papaléo pede compensação ao Amapá pela preservação de 80% de suas florestas
Marina Silva sugere incentivo à produção agropecuária com preservação das florestas
Lei sobre área de preservação desconsidera condições geológicas, diz especialista
Serys: dias mundiais da água e das florestas sugerem reflexão sobre destino do planeta