Tasso diz que Garibaldi deve parar de falar nos jornais e reagir
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pediu ao presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves Filho, que pare de falar por meio dos jornais e reaja para defender a honra e a dignidade da Casa. Em veemente pronunciamento na tarde desta quarta-feira (27), Tasso afirmou que o Senado não discute ou debate nenhum tema relevante para o país, atendo-se a votar medidas provisórias (MPs). Ele defendeu a devolução ao executivo, por Garibaldi, das MPs que não tenham urgência ou relevância.
Tasso referiu-se a entrevista de Garibaldi no jornal O Estado de S. Paulo na qual o presidente do Senado diz que a instituição está moribunda.
- Senador Garibaldi, está na hora de Vossa Excelência parar de falar no jornal e reagir como presidente desta Casa, defender a honra, a dignidade e a existência desta Casa. Se Vossa Excelência continuar a falar pelos jornais e não fizer nada de concreto, estará sendo coveiro deste moribundo Senado - afirmou o parlamentar.
Tasso disse que não vê mais sentido em receber telegramas convocando-o para vir ao Senado apenas para votar medidas provisórias que não podem sequer ser discutidas, por estarem com prazo vencido. Para ele, a continuar assim, é melhor que Garibaldi "pegue esse moribundo e enterre de uma vez".
- Para que é que nos envia telegrama para virmos para cá para fazermos o papel de palhaço? - perguntou Tasso a Garibaldi, que ouvia o discurso da cadeira da Presidência, em Plenário. Ele disse que mais da metade dos senadores presentes "sequer conhecem o teor e a profundidade de algumas dessas medidas provisórias".
Para Tasso, o Senado está perdendo sua razão de ser. Disse que, como os senadores se abstêm de votar, de legislar e de discutir, estão se tornando inúteis. Acrescentou que, por isso, o Supremo Tribunal Federal "está legislando por ausência e por omissão" dos senadores.
O parlamentar afirmou que a oposição, como é minoria, nada pode fazer. Mas observou que Garibaldi, como presidente do Senado e da Mesa do Congresso Nacional, pode mandar de volta ao governo as MPs que não cumprirem os pré-requisitos de urgência e relevância.
27/08/2008
Agência Senado
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