Távola: "Não há envolvimento de Serra. Há exploração política"
O líder do governo no Senado, Artur da Távola (PSDB-RJ), refutou com veemência em discurso, nesta terça (7), insinuações de que o presidente Fernando Henrique Cardoso e o pré-candidato à Presidência pelo PSDB, senador José Serra (SP), estariam envolvidos na suposta tentativa do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira de cobrar propina na privatização do setor siderúrgico.
- Há exploração política de um fato jornalístico. Onde existe envolvimento do senador José Serra ou do presidente da República nesta questão? Vemos pedaços de frases tiradas de um que falou para outro, que disse a outro. Pois apuremos o que tiver de ser apurado. Mas repelimos o oportunismo eleitoral - sustentou.
Artur da Távola observou que se sente à vontade para defender a honradez do senador José Serra por ter levantado a voz, no ano passado, para defender o governador petista Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul, à época acusado de ser envolvido com bicheiros, "coisa que nunca se provou". Ele lamentou que agora se ouçam insinuações de parlamentares do PT de forma "injusta" e "irônica".
- E nesse oportunismo eleitoral, de novo se ameaça com CPI. Lembro que foi feita a CPI do Proer, com nosso apoio. Ela terminou com elogio. E este mesmo partido, que já pregou o fechamento do nosso mercado, que já considerou o mercado financeiro a grande chaga deste país, que já se disse socialista, estatizante, hoje mascara tudo isso numa posição de oportunismo eleitoral. Quais integrantes deste partido hoje se levantam contra a política econômica proposta por seu candidato à Presidência? Nenhum - acrescentou o líder do governo no Senado.
Para Távola, o candidato do PSDB à Presidência não faz da ética e da moralidade sua principal bandeira. "Para nós, a ética não é a finalidade de nossa ação política. A ética é o fundamento da nossa ação política. Com ela, agimos. Não somos políticos por ser éticos. Somos éticos e por isso somos políticos".
07/05/2002
Agência Senado
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