TÁVOLA PEDE MAIOR RIGOR NAS PRIVATIZAÇÕES



Ao comentar a crise de energia elétrica no Rio de Janeiro, o senador Artur da Távola (PSDB-RJ) disse hoje (dia 15) estar convencido de que se deve cobrar maior rigor nas privatizações. Ele lembrou que, em maio de 1997, fez um pronunciamento sobre a privatização da companhia de eletricidade do Rio de Janeiro, a Light, no qual manifestava sua preocupação com a deficiência técnica dessa empresa.

- Esse discurso mostrou-se profético. Afinal, o Rio de Janeiro está sofrendo "apagões" sistemáticos, trazendo desconforto à população e prejuízos graves às indústrias do estado. Os contrários às privatizações devem estar rindo, pois essa privatização tem se mostrado ineficaz - ponderou.

Defensor da desestatização, Távola criticou a atual diretoria da Light, que, a seu ver, fez um corte abrupto de funcionários, sendo que 4 mil deles estavam lotados na área de distribuição de energia. Segundo o senador, mesmo com a crise no abastecimento de energia elétrica no Rio, a empresa teve um lucro de R$ 400 milhões por causa da redução de custos, mas não investiu na melhora dos serviços.

- Em nome dos moradores da região Sudeste, faço um apelo à Light no sentido de que as medidas tomadas, com atraso, venham a ser paliativas, mas que a empresa concessionária se capacite para, efetivamente, levar adiante esse serviço, porque a Light, com todos os defeitos que teve, era uma companhia composta por quadros competentes e não tivemos, nos últimos 30 anos, crise como esta - concluiu Artur da Távola.

Em aparte, o senador José Serra (PSDB-SP) assinalou que a Light privilegiou o retorno financeiro aos acionistas, ao invés de investimentos. Para Serra, o atraso na formação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi um dos motivos para essa situação difícil na privatização da Light.



15/01/1998

Agência Senado


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