Taxa de desocupação é a menor para mês de maio desde 2002



A taxa de desocupação de maio foi estimada em 6,4%, a menor para o mês desde o início da série (março de 2002) e igual ao resultado apurado em abril. Em comparação a maio de 2010 (7,5%), recuou 1,1 ponto percentual. Os dados foram divulgados, nesta quarta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população desocupada (1,5 milhão de pessoas) não apresentou variação em relação ao mês anterior. Frente a maio do ano passado, apresentou queda de 13,7% (menos 242 mil pessoas a procura de trabalho). A população ocupada (22,4 milhões) apresentou estabilidade em comparação com abril. No confronto com maio de 2010, ocorreu elevação de 2,5% nessa estimativa, representando um adicional de 552 mil ocupados.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (10,8 milhões) não apresentou variação significativa frente a abril. Na comparação anual, houve uma elevação de 6,7%, representando um adicional de 676 mil postos de trabalho com carteira assinada.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.566,70, o valor mais alto para o mês de maio desde 2002) apresentou alta de 1,1% na comparação mensal e de 4,0% frente a maio do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 35,5 bilhões) ficou 1,6% acima da registrada em abril e cresceu 6,6% em relação a maio do ano passado. A massa de rendimento real efetivo dos ocupados (R$ 35,3 bilhões) estimada em abril de 2011 subiu 1,5% no mês e 6,9% no ano.

A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada no site do IBGE.


Comparação mensal

Regionalmente, na comparação mensal, a taxa de desocupação registrou variação significativa em duas regiões metropolitanas na comparação com abril de 2011, Belo Horizonte (de 5,3% para 4,7%) e Rio de Janeiro (de 4,8% para 5,4%). Frente a maio de 2010 foram registradas quedas em Recife (2,9 pontos percentuais), Salvador (1,5 ponto percentual), Belo Horizonte (1,1 ponto percentual), Rio de Janeiro (0,9 ponto percentual) e São Paulo (1,1 ponto percentual). Em Porto Alegre ocorreu estabilidade:

Na análise mensal, o contingente de desocupados variou em Belo Horizonte (queda de 11,3%) e no Rio de Janeiro (alta de 13,0%). Frente a maio de 2010, apresentou recuo em Recife (29,3%), Salvador (15,1%), Belo Horizonte (17,4%), Rio de Janeiro (13,4%) e São Paulo (12,1%). Em Porto Alegre ocorreu estabilidade.


Nível de ocupação

O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa), estimado em 53,6% no total das seis regiões, não variou em relação a abril último, mas registrou elevação de 0,6 ponto percentual na comparação com maio de 2010. Regionalmente, na comparação mensal, todas as regiões mantiveram estabilidade, exceto Belo Horizonte, onde o indicador passou de 56,7% para 57,6%. Frente a maio de 2010, ocorreram variações significativas em Porto Alegre (52,9% para 55,3%), Recife (45,8% para 47,6%) e em Salvador (51,5% para 49,9%).

A análise da ocupação, segundo os grupamentos de atividade, mostrou que, de abril para maio, todos os grupamentos mantiveram-se estáveis, exceto o dos outros serviços, que registrou queda de 2,9%. No confronto anual, houve acréscimo no contingente de trabalhadores do Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis, 5,2%, e no de Serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira, 5,0%. Os demais grupamentos não se alteraram nesse período.

 

Comparação anual

Na análise regional, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.566,70 no conjunto das seis regiões, o valor mais alto para o mês de maio desde 2002) subiu 1,2% em Recife, 2,6% em Salvador, 0,9% em Belo Horizonte, 2,2% no Rio de Janeiro e 1,1% em São Paulo. Apresentou queda de 2,3% em Porto Alegre. Na comparação com maio de 2010, houve crescimento em Recife, 3,1%, Salvador, 1,4%, Belo Horizonte, 7,8%, Rio de Janeiro, 9,3%, São Paulo, 1,2% e em Porto Alegre, 0,4%: 

Na classificação por grupamentos de atividade, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em relação a maio de 2010 foi no referente a Construção (9,5%):

Já na classificação por categorias de posição na ocupação, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido em comparação com maio do último ano foi para os Empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (8,8%):

 

Fonte:
IBGE

 



22/06/2011 12:09


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