TEBET ELOGIA NOVO MINISTÉRIO, MAS PEDE APOIO À PRODUÇÃO
A criação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio pelo presidente Fernando Henrique Cardoso mereceu os elogios do senador Ramez Tebet (PMDB-MS). Para ele, a medida "reacende a esperança de que o país retome o caminho do desenvolvimento econômico". Tebet ressalta, entretanto, que o trabalho do ministro recém-empossado, Celso Lafer, será inútil se não houver apoio ao setor produtivo, na forma de créditos diferenciados.- A criação do ministério representa a esperança da diminuição das desigualdades sociais, através do desenvolvimento econômico. Mas é preciso dotar o país de uma política agrícola, industrial e de habitação - afirmou o senador.Ramez Tebet vê no orçamento de 1999 indicativos de recessão e desemprego. Como solução, o relator da lei orçamentária sugere que o governo "ouse, com medidas concretas de apoio à produção". Ele espera que o ministro Lafer coordene um programa de desenvolvimento para o país, por meio de linhas de crédito do BNDES e do Banco do Brasil, "para ajudar quem produz".- Não podemos aceitar passivamente o ajuste fiscal, com medidas que buscam o aumento de receita através da majoração de impostos. Temos que buscar alternativas como a adoção de linhas de crédito com juros compatíveis. Bastaria uma decisão política para que o ministro iniciasse sua gestão com um amplo programa de incentivo à produção - observou Ramez Tebet.Em aparte, o senador Levy Dias (PPB-MS) afirmou que as altas taxas de juros constituem o maior empecilho ao desenvolvimento do país. Ele lembrou que o governo paga a cada mês cerca de R$ 7 bilhões em juros da dívida interna, "o que torna sem efeito os recursos conseguidos com o ajuste fiscal".
05/01/1999
Agência Senado
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