Tebet entrega condecoração a FHC



O presidente do Senado, Ramez Tebet, entregou nesta segunda-feira (30) ao presidente da república, Fernando Henrique Cardoso, o grande colar da Ordem do Congresso Nacional. A insígnia e o diploma recebidos por Fernando Henrique objetivam homenagear pessoas dignas do especial reconhecimento do Poder Legislativo.

Tebet destacou a unanimidade dos parlamentares em favor da condecoração ao presidente da República, proposta pelo vice-presidente do Senado, Edison Lobão (PFL-MA). Ressaltou que estavam presentes na cerimônia, no Palácio do Planalto, parlamentares de todos os partidos, tanto da Câmara dos Deputados quanto do Senado Federal.

Ramez Tebet afirmou que a vida pública de Fernando Henrique Cardoso começou no Senado, em 1978, e que, como presidente da república, se relacionou com o Congresso Nacional de forma absolutamente democrática.

- Ao conceder ao presidente Fernando Henrique Cardoso a maior insígnia do Congresso Nacional estamos fazendo justiça. Estamos prestando reconhecimento ao mérito e qualidades deste homem público que governou o país por oito anos - disse.

Tebet salientou que Fernando Henrique está prestes a deixar o cargo como o presidente que governou o país mais tempo de maneira democrática. Para o presidente do Senado, não se conhece um gesto sequer de Fernando Henrique que não seja de um -verdadeiro parlamentar-. Ramez Tebet também elogiou o relacionamento do presidente com a sociedade civil.

Fernando Henrique, por sua vez, agradeceu a homenagem e afirmou que foi em sua atuação como congressista - participando dos debates e vendo o respeito de uns pelos outros - que aprendeu a importância da democracia de forma institucionalizada.

- Esteve presente na minha consciência e na minha ação a idéia de que, para governar o Brasil, é preciso haver não só uma divisão dos Poderes, mas especialmente harmonia entre os Poderes. Sem isso, não há como funcionar o sistema político brasileiro. Somos uma federação, com muita diferenciação nacional, fragmentação partidária. Se o chefe do Executivo não entender que tem que criar um clima que permita a convergência ou, pelo menos, que a divergência seja marcada pelo respeito, dificilmente o governo chega a bom termo - disse.



30/12/2002

Agência Senado


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