Tebet quer rápida solução para greve nas universidades federais



O presidente do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), pediu que o ministro da Educação, Paulo Renato Souza, encontre "o mais rápido possível" uma solução para o retorno as aulas nas universidades federais. Há 43 dias, professores e servidores estão em greve por melhores salários e condições de trabalho.

Na presidência da sessão não-deliberativa desta segunda-feira (dia 15), Tebet afirmou que a mesa do Senado se associava às homenagens feitas aos professores pelos senadores Emilia Fernandes (PT-RS), Mauro Miranda (PMDB-GO) e Iris Rezende (PMDB-GO). Em seus pronunciamentos, eles enalteceram a passagem do dia do professor e solidarizaram-se com a paralisação dos docentes e funcionários das instituições federais de ensino superior.

- Seria de bom alvitre, permitam-me senhores senadores, que o entendimento fosse encontrado no dia de hoje, o dia consagrado ao mestre. Aí, sim, haveria o coroamento do esforço de todos quantos lutam para a solução desse impasse que, repito, é muito grave - sugeriu o presidente da Casa.

Para o presidente do Senado, pior do que os professores estarem sem receber é os alunos estarem sem aulas. Segundo ele, isso causa "um grande prejuízo para os universitários e um grande prejuízo até mesmo para aqueles que sonham em ingressar em uma universidade, pois os vestibulares estão suspensos".

Tebet afirmou ser "justa e merecida" a homenagem prestada aos professores pelos senadores. Lembrou que ele próprio foi professor no Mato Grosso do Sul.

- Venho do Ministério Público, venho do exercício da advocacia e venho também do magistério. Venho do magistério por necessidade, porque, no meu Estado, o Mato Grosso do Sul, por causa da falta de professores, a sociedade se socorria de profissionais liberais e de outros que pudessem exercer tão nobilitante quão dignificante missão, que é aquela de transmitir conhecimentos, de formar e de preparar os cidadãos para o amanhã - afirmou o presidente do Senado.

Ramez Tebet citou o que, em sua opinião, foi a melhor frase do discurso do senador Mauro Miranda, para quem o professor "é o homem que trabalha não para hoje, mas para amanhã". O presidente perguntou aos senadores: "quem não se lembra da primeira professora ou do primeiro professor? Quem não se lembra da primeira escola?"

15/10/2001

Agência Senado


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