Técnicos do Depen estão nos EUA para aprender sobre arquitetura prisional



Uma delegação formada por 21 profissionais do sistema penitenciário brasileiro está nos Estados Unidos desde a última semana. O objetivo da missão é agregar conhecimentos sobre as modernas tecnologias construtivas de unidades penitenciárias mais baratas e sobre classificação de presos. O governo americano arcará com os custos de passagens e hospedagem.

Os servidores passarão uma semana em Denver e duas em Colorado, e encerram a capacitação no dia 6 de novembro. A delegação é composta por seis servidores do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e também participam da delegação cinco servidores de cada um dos estados convidados (Espírito Santo, Pernambuco e Rio de Janeiro).  

Os grupos oriundos dos estados são formados por um engenheiro, um arquiteto, um psicólogo, um assistente social e um profissional de segurança. No retorno ao Brasil, integrantes deste grupo deverão repassar os conhecimentos que aprenderam no exterior e aplicá-los em iniciativas no País. A expectativa é de que eles vão viajar aos demais estados para capacitar outros servidores.

Em 2008, o Estado brasileiro firmou com o governo americano um acordo para intercâmbio de conhecimentos e tecnologias em várias áreas do conhecimento, entre elas a Segurança Pública, incluindo o Sistema Penitenciário. 

 

Modelo penitenciário

De 10 anos para cá, o sistema penitenciário dos Estados Unidos passou por uma grande evolução. O modelo até então dominante era o das prisões de segurança máxima, as “supermax”, com o isolamento completo do preso.  

Hoje, no entanto, o modelo aplicado pelo país , considerado menos oneroso, é baseado na classificação de presos. Com base no novo protocolo de classificação (com a separação entre os presos mais perigosos e menos perigosos), foram construídas prisões mais “leves”, no qual o preso tem contato com o funcionário, com celas coletivas (6 a 8 presos) e ambientes para até 20 presos. 

Durante as atividades nos EUA, a delegação deverá aprender sobre esse novo sistema e produzir subsídios para que o Brasil possa adaptar e aplicar esse conhecimento à realidade brasileira, desenvolvendo um método próprio. 

Segundo André Luiz de Almeida e Cunha, diretor de Políticas Penitenciárias do Depen, nessas novas unidades existe, ainda, o contato de um preso com o outro e entre presos e funcionários. “Há penitenciárias em que você vê até 1.400 presos soltos, nas quais eles participam de atividades educacionais, laborais e físicas durante o dia e retornam para as celas à noite”, explica Cunha.


Fonte:
Ministério da Justiça



22/10/2010 15:53


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