TEREZA GROSSI EXPLICA NA CAE AUDITORIA FEITA NO BANESTADO LEASING



A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ouve na próxima semana, em audiência pública, a diretora de Fiscalização do Banco Central, Tereza Grossi, sobre o processo de auditoria realizado no Banestado Leasing, por ocasião do saneamento do banco para privatização. Tereza Grossi estará acompanhada do diretor de Finanças Públicas do BC, Carlos Eduardo de Freitas. A audiência, que atende a requerimento do senador Osmar Dias (PSDB-PR), será realizada segunda-feira (dia 3), às 17h.

O requerimento de Osmar Dias também solicita uma inspeção do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a mesma auditoria. O senador afirmou, à época, que foram gastos R$ 5,1 bilhões na operação de saneamento do Banestado, mas o preço mínimo exigido para sua privatização foi fixado em apenas R$ 434 milhões. Osmar Dias defendeu a suspensão do leilão de privatização marcado para o próximo dia 18 de outubro.

Segundo Osmar Dias, a ação de mais de 30 empresas acusadas de desviar recursos do Banestado foi "tão ousada que lembra os filmes de Al Capone". O senador José Eduardo Dutra (PT-SE) informou que duas das empresas acusadas pertencem a sergipanos. Segundo ele, a Construtora Habitacional é do ex-governador João Alves e a Transportadora Amorim é do genro deste. O senador Roberto Requião (PMDB-PR) informou que essas empresas tinham como endereço fictício no Paraná a residência do deputado estadual Joaquim dos Santos Filho.

Requião disse ainda que o deputado é pai do ex-diretor do Banestado Leasing, Osvaldo Magalhães, exonerado após as denúncias, mas designado secretário de estado em seguida. Magalhães morreu em acidente automobilístico e, segundo Requião, tem hoje um busto em bronze erigido na praça que leva seu nome em Curitiba, por decisão do atual prefeito Cassio Taniguchi.

29/09/2000

Agência Senado


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