Tetrapak nega monopólio no mercado de embalagens longa vida
Conforme Rochet, não há relação entre o preço da embalagem longa vida Tetrapak - em torno de R$ 0,19 - e a diminuição do valor pago ao produtor gaúcho. Ele credita a difícil situação do setor primário à instabilidade do mercado, gerada pelo aumento de 12,4% da produção nacional de leite e redução de 2% no consumo este ano. “Não há mercado que absorva esse excedente. Com isso, o preço pago ao produtor cai”, esclareceu.
O presidente da CPI, deputado Vilson Covatti, solicitou à empresa dados sobre a discriminação dos itens que formam o preço final da embalagem. A companhia prometeu enviar o documento requerido até a próxima semana à CPI. “Sem estas informações, fica difícil acreditar que não se veja nisso indícios de formação de monopólio. Não se pode admitir que o produtor sempre receba uma, independente das variações do mercado”, declarou. Rochet admitiu que a Tetrapak concede descontos no preço da embalagem de acordo com o volume vendido.
Na próxima semana, a CPI deve ouvir o ex-presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), José Paulo Feijó. Ele deve explicar detalhes sobre a prática de rapel - espécie de pedágio para colocar determinada marca nas prateleiras - pelas grandes redes de supermercado do Estado. Estão previstos, ainda, os depoimentos de representantes das indústrias, do varejo e a realização de audiências públicas no interior. Em 10 de dezembro, a comissão participa do segundo encontro do Fórum Nacional das CPIs do Leite, em Belo Horizonte (MG), e no dia 14 os trabalhos serão suspensos devido ao recesso parlamentar da Assembléia Legislativa.
11/28/2001
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