TIÃO VIANA ALERTA SOBRE RISCO DE REURBANIZAÇÃO DA FEBRE AMARELA
Referindo-se a seis presumíveis casos de febre amarela detectados no entorno do Distrito Federal, o senador Tião Viana (PT-AC) alertou nesta segunda-feira (dia 10) para o risco de reurbanização da doença. "Quem observar a história da saúde pública brasileira, será capaz de entender que a reurbanização da febre amarela significa o quanto devíamos ter feito pelo país se tivéssemos a visão de futuro que tiveram Carlos Chagas, Osvaldo Cruz e outros", afirmou o parlamentar. Tião Viana disse que a responsabilidade pela proteção da população contra essa doença não é apenas do governo federal, mas também dos governos estaduais, que devem levar a sério providências de saúde pública. Ele informou que o governo do Acre conseguiu o maior índice de cobertura da história do país, ao vacinar 93% da população, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde. Para o parlamentar, foi a falta dessa visão que permitiu o surgimento desse surto no Distrito Federal, em plena entrada do ano 2000.O senador considerou grave que o Brasil esteja preocupado com um surto de febre amarela quando ela estava erradicada das Américas desde 1957. "Hoje, temos mais de sete milhões de brasileiros vulneráveis ao risco do surto urbano dessa doença, e muitos esquecem que a vacina é o grande protetor da população quando se fala de saúde pública", disse ele. Tião Viana reconheceu que não se deve fazer alarde, mas considerou relevante observar-se que o Brasil não trabalhou de maneira adequada para proteger seu povo. Em sua opinião, essa negligência pode ter ocorrido em razão do fato de que a população mais sujeita à transmissão da doença é a da região Norte. Ele alertou para o fato de que o vírus transmissor da febre amarela migra até 500 quilometros, sendo a vacinação a melhor forma de combatê-lo.
10/01/2000
Agência Senado
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