Tião Viana apresenta versão do presidente do INSS



O líder do PT, senador Tião Viana (PT-AC) apresentou nesta terça-feira (5) a versão do diretor-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Taiti Inenami, sobre o conflito entre grevistas e a direção do órgão. O episódio culminou com ação repressiva da tropa de elite da Polícia Federal para retirada dos manifestantes, entre os quais a senadora Heloísa Helena (PT-AL).

- Estou tentando encontrar um caminho de equilíbrio e tranqüilidade. Espero que outros episódios como este sejam evitados - afirmou.

Tião Viana leu correspondência enviada pelo diretor presidente do INSS, em que é descrito o episódio e revela que a Polícia Militar foi acionada -logo no início do incidente, visando dar segurança ao patrimônio público e aos servidores que ali se encontravam-. Segundo o diretor presidente, a atitude do grupo de sindicalistas -estava colocando em risco a integridade física dos servidores-. Ele explicou que a tropa de elite da Polícia Federal -foi acionada para dar segurança à diretoria-, pois os manifestantes ocuparam o terceiro andar do prédio, onde fica o gabinete da diretoria colegiada e impediram a saída dos diretores.

-A senadora Heloísa Helena, no transcorrer dos acontecimentos, compareceu ao INSS dizendo que vinha a pedido do comando de greve para intermediar as negociações. Ela foi recebida pela diretoria, que esclareceu não poder atender à reivindicação do grupo (pagamento dos salários dos grevistas no Rio de Janeiro), tendo em vista que essa era uma decisão de governo e que não competia à diretoria do INSS modificá-la-, diz o diretor do INSS na correspondência lida pelo senador.

O diretor do INSS informou ainda, segundo Tião Viana, que, na presença de Heloísa Helena e do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Rubens Approbato, conversou com um grupo de manifestantes que havia invadido o terceiro andar do prédio, quando comprometeu-se a levar ao ministro da Previdência a reivindicação do grupo e dar uma resposta através do telefone celular do sindicalista João Torquato. O diretor ainda informou que enfatizou a necessidade dos manifestantes deixarem o prédio, -pois havia uma ordem do governo para haver a desocupação do prédio e que a forma com que eles estavam se portando só contribuía para fechar os canais do diálogo-.



05/08/2003

Agência Senado


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