Tião Viana defende contrato com Geap e filho de Dirceu
Em nome da Liderança do PT, o senador Tião Viana (PT-AC) defendeu nesta quarta-feira (10) o contrato firmado entre o governo federal e a Fundação de Seguridade Social (Geap). Ele também defendeu José Carlos Becker de Oliveira e Silva, o Zeca Dirceu, que é filho do ministro chefe da Casa Civil da Presidência da República, José Dirceu. O jornal Folha de S. Paulo denunciou que o filho de Dirceu atuou junto ao governo para liberar R$ 607 mil em verbas federais para obras públicas em duas cidades do noroeste do Paraná.
Tião Viana disse que tem acompanhado "com profundidade" a atuação da Geap nos últimos 15 anos, lembrando que a instituição existe antes das seguradoras privadas e que atende 300 mil servidores federais, especialmente os de baixa renda. Ele negou que tenha havido qualquer tipo de favorecimento à Geap, por parte do governo, dizendo que a denúncia partiu de uma ação das empresas privadas para atingir a Casa Civil.
O senador acrescentou que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) já convocou a presidente da Geap, Regina Ribeiro Parizi Carvalho, para explicar o contrato. Ele acredita que o assunto será devidamente esclarecido.
- Fazer uma pequena modificação em um decreto não me parece algo errado - acrescentou.
Respondendo ao senador Osmar Dias (PDT-PR), Tião Viana disse que existe um "ambiente de denúncia" e uma ação política que visa apenas desmoralizar o ministro José Dirceu. Ele disse que é legítimo um jovem de 26 anos, funcionário público, procurar obter recursos para a implantação de projetos de infra-estrutura na região onde vive.
- Não vejo como possa estar ferindo a ética. Esse assunto não irá adiante por falta de sustentação, por falta de conteúdo. E ele ainda tem 70% de aprovação da população da região para sua candidatura a prefeito - assinalou.
Tião Viana ainda apelou a Osmar Dias para que encontrem meios de superar o impasse provocado pela liberação de verbas conseguida por Zeca Dirceu. O senador reconheceu as dificuldades enfrentadas pelos parlamentares para liberação de emendas individuais e se propôs a estudar um plano horizontal de liberação para o Paraná.
10/03/2004
Agência Senado
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