Tião Viana destaca melhoria das condições de vida dos brasileiros
O senador Tião Viana (PT-AC) comentou na sexta-feira (10), em Plenário, os dados do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2006 da Organização das Nações Unidas (ONU), segundo o qual o Brasil registrou melhoria de condições de vida entre os anos de 2003 e 2004, embora tenha recuado da 68ª para a 69ª posição no ranking mundial que avalia o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 177 países. Esse recuo deve-se ao fato de que outros países obtiveram uma melhora maior. Na avaliação do senador, o país poderá aprimorar seu desempenho entre as demais nações caso invista mais recursos nas áreas de educação e saneamento básico.
Em seu discurso, Tião Viana destacou, porém, que o relatório não registra alguns avanços obtidos pelo país nos quatro últimos anos, sobretudo na área do Ensino Superior, em função de alterações metodológicas adotadas pela ONU na análise dos dados dos países avaliados pela instituição.
- Houve acréscimo de seis mil professores universitários, aumento das verbas de custeio e quarenta e dois novos campus universitários. Se esses critérios fossem avaliados, teríamos outra expectativa. Mas eles não fazem parte do índice - disse o 1º vice-presidente do Senado.
O IDH é a síntese de quatro indicadores: Produto Interno Bruto (PIB) per capita; expectativa de vida; taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade; e taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino (relação entre a população em idade escolar e o número de pessoas matriculadas nos Ensinos Fundamental, Médio e Superior). Foi justamente nesse último indicador que ocorreu a principal mudança no cálculo do IDH entre os relatórios de 2005 e 2006. Em edições anteriores, os dados de 32 países, como o Brasil, a Argentina, o Reino Unido e a Suécia, incluíam os números dos programas de educação para adultos. No atual RDH, explica a ONU, esses dados foram excluídos para tornar mais precisas as comparações com os outros países.
Atualmente, o Brasil é o décimo mais desigual em uma lista com 126 países e territórios, à frente de Colômbia, Bolívia, Haiti e seis países da África Subsaariana, aponta o relatório 2006. Em aparte, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) defendeu a utilização do IDH pelas autoridades do governo na elaboração de políticas públicas.
10/11/2006
Agência Senado
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