Tião Viana pede maior moderação nos debates de interesse do país



O líder do PT no Senado, Tião Viana (AC), pediu maior moderação e lucidez no debate sobre os temas que sejam de interesse do Brasil, para que o Congresso possa avançar na apreciação das reformas estruturais que o país necessita. Ele rebateu críticas feitas ao governo Luiz Inácio Lula da Silva na sessão desta terça-feira (18) pelos senadores Jorge Bornhausen (PFL-SC) e Romero Jucá (PSDB-RR).

Segundo o senador pelo Acre, Bornhausen foi duro e injusto ao afirmar que, se o Código Eleitoral tivesse incorporado -uma irônica invenção jurídica- do deputado Delfim Netto (PPB-SP), o PT poderia ter cometido estelionato eleitoral ao modificar seu conceito sobre diversos temas, como a política de juros praticada no país.

- Bornhausen usou palavras duras que podem significar injustiça, um ato de agressão desnecessário ao PT. Diante do que ele falou, não sabemos mais quem é o radical - comparou Tião Viana.

O pronunciamento de Romero Jucá também mereceu correções do líder petista no Senado. Ele considerou uma meia verdade a afirmação do senador por Roraima de que Fernando Henrique Cardoso deixou um país melhor do que encontrou. Tião Viana reconheceu melhorias na educação e no acesso a políticas sociais, mas registrou que o número de desempregados cresceu de 4 milhões para 12 milhões no governo FHC.

Sobre o aumento do salário mínimo para R$ 240, defendido por Jucá, Tião Viana lembrou que o próprio candidato do PSDB, José Serra, no último debate transmitido pela televisão antes do segundo turno da eleição presidencial, afirmou que o máximo que poderia ser pago seria R$ 220,00.

Tião Viana também discordou da opinião expressa por Jucá de que as reformas só não foram aprovadas ainda em virtude de obstrução do PT no Congresso. O líder do PT no Senado comentou que durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso o governo tinha maioria para aprovar o que fosse do seu interesse.

- O governo anterior usava seu rolo compressor no Congresso. Mas esse não é o propósito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo atual tem o propósito de se pautar pela humildade permanente - afirmou Tião Viana.



18/02/2003

Agência Senado


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