Tião Viana pede revisão da política de prevenção de doenças cardiovasculares
O líder do PT, senador Tião Viana (AC) classificou a revisão da política de prevenção e controle das doenças cardiovasculares como o grande desafio que se impõe ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele lamentou a insensibilidade das autoridades de saúde para o problema, que, segundo ele, se reflete no fato do próprio Sistema Único de Saúde (SUS) não tratar da questão sequer como matéria de importância.
Tião Viana abordou o assunto ao convidar os senadores, em pronunciamento feito no Plenário, a participarem do simpósio Doenças Cardiovasculares - A Grande Epidemia do Século 21, realizado nesta terça-feira (18) no auditório do Interlegis, no Senado Federal. O simpósio tem o apoio da Federação Interamericana de Cardiologia, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, do Instituto do Coração de São Paulo e da Fundação Zerbibi.
O senador citou dados segundo os quais 160 mil brasileiros morrem todos os anos em razão de doenças cardiovasculares. Em todo o mundo, uma em cada três mortes ocorrem por doenças cardiovasculares, informou.
Tião Viana lembrou que existem vários programa comunitários em todo o mundo, em aeroportos, meios de transporte, estádios esportivos e cidades de pequeno e médio porte que educam a população e colocaram a sua disposição equipamentos necessários à prevenção de doenças cardiovasculares. Ele acrescentou que os desfibriladores externos automáticos, que foram desenvolvidos com tecnologia simplificada e estão disponíveis em inúmeros países do mundo, continuam esquecidos em todos os países da América Latina como programa de prevenção. Ele lamentou que apesar de não haver outra maneira de se socorrer uma pessoa vítima de morte súbita (por acidente cardiovascular), a não ser através da aplicação do desfibrilador, o Brasil ainda não o adotou como recurso de saúde pública de proteção.
O senador leu nota da Federação Interamericana de Cardiologia que aponta os hábitos da cultura humana moderna que propiciam a epidemia que são as doenças cardiovasculares, entre eles a dieta rica em gorduras, sal e açúcar refinado e a ingestão de calorias acima das necessidades para as atividades físicas habituais. A isso, diz a nota, somam-se o tabagismo, o sedentarismo e o estresse. -Esses fatores de risco: diabetes, fumo, obsesidade, sedentarismo, hipertensão arterial, enquadram-se dentro dos mais importantes para as doenças cardiovasculares-, diz a nota.
18/03/2003
Agência Senado
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