Tião Viana quer definição de políticas de prevenção e combate à morte súbita
O senador Tião Viana (PT-AC) registrou em Plenário, nesta quinta-feira (14), o apoio a documento encaminhado ao Ministério da Saúde pelo Instituto do Coração (Incor), da Universidade de São Paulo (USP), em que é proposta a criação de um grupo de trabalho para discutir e traçar políticas de prevenção e combate à morte súbita. Segundo o senador, a morte súbita, associada a doenças cardiovasculares, é a principal causa de morte no Brasil.
"De cada 100 vítimas de infarto agudo do miocárdio, apenas seis têm acesso a terapia adequada", informou. A situação é mais grave para as vítimas de doenças cardiorrespiratórias, cujo índice de sobrevida chega próximo de zero. Para reverter esse quadro, Tião Viana reivindica, ao lado de entidades nacionais e internacionais da área de cardiologia, que todo cidadão seja treinado e tenha condições de colocar em prática técnicas de reanimação, fundamentais na ressuscitação de um indivíduo com parada cardíaca.
Para ampliar a taxa de sobrevivência em casos de infarto, Tião Viana defende a adoção de medidas educativas aliadas a equipamentos de alta tecnologia, mas de uso extremamente simples, como os desfibriladores externos automáticos (DEAs). A associação desses dois métodos em ambiente pré-hospitalar proporcionou, no Aeroporto Internacional de Chicago, por exemplo, que o índice de sobrevida saltasse de 5% para 75%.
Ainda de acordo com o senador petista, o Congresso Nacional já está sensível à necessidade de adoção de medidas de prevenção e redução da morte súbita. Atualmente, tramitam na Câmara e no Senado três projetos de lei que regulamentam a utilização de DEAs e ações de prevenção e atendimento da morte súbita e do infarto agudo do miocárdio no país.
14/03/2002
Agência Senado
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