Tião Viana vê novo momento político e possibilidade de entendimento



O senador Tião Viana (PT-AC) disse nesta segunda-feira (30) que, passadas as eleições, o país vive um novo momento político forçado pelo "grito que veio das urnas" e que é possível um "novo pacto" entre o governo e a oposição para, juntos, enfrentar o desafio de uma agenda mínima.

Para essa agenda, Viana listou a lei das microempresas, que aguarda votação no Senado e prevê uma renúncia fiscal de R$ 7 bilhões; a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento Geral da União, "que merecem um questionamento e reforma profunda"; a expansão do sistema elétrico para dar suporte ao crescimento de 5%; o agronegócio; e o saneamento básico.

- Temos o dever de trabalhar de modo mais elevado esses temas. Estou muito otimista com esse momento. Temos a oportunidade de achar o ponto de equilíbrio e de compreensão do momento político. Acredito que a oposição está preparada para o novo momento - assinalou.

Tião Viana também citou a reforma política e lembrou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de assumir a responsabilidade de procurar todos os partidos para um consenso sobre essa questão. Ele afirmou que existe a oportunidade do governo buscar outros caminhos para a questão social além dos R$ 20 bilhões já gastos.

A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) observou que o slogan utilizado pela campanha do presidente Lula: "Deixa o homem trabalhar", também serve para os parlamentares do Congresso Nacional. Ela manifestou a sua satisfação com o clima "sangue doce" que encontrou no Plenário do Senado e elogiou os discursos dos senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Heráclito Fortes (PFL-PI). Ideli disse ainda ter percebido a disposição dos opositores para debater certos temas que as urnas apontaram, como a inclusão social.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) cumprimentou Tião Viana pela análise do resultado das eleições e pela vitória no Acre.

30/10/2006

Agência Senado


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