Torcidas organizadas do Rio de Janeiro assinam termo de conduta do Estatuto do Torcedor



Torcidas organizadas dos clubes de futebol do Rio de Janeiro assinaram na segunda-feira (13) um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério do Esporte e com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para adequar o comportamento de seus integrantes às regras estabelecidas pelo Estatuto do Torcedor. A expectativa é que o acordo promova a segurança nos estádios.

Na solenidade de assinatura do TAC, no Rio de Janeiro, o ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou que as torcidas organizadas devem ser tratadas como interlocutores permanentes no processo de aperfeiçoamento do futebol brasileiro.

“É preciso dar responsabilidade às torcidas organizadas e motivá-las a respeitar o Estatuto do Torcedor. Este é o nosso desafio: criar um ambiente de conforto e segurança nos estádios brasileiros”, afirmou o ministro.

Segundo ele, a meta é firmar termos de ajustamento de conduta nos 27 estados, repetindo os acordos firmados no Paraná e no Rio de Janeiro.

Para o procurador-geral de Justiça do Rio, Claudio Soares Lopes, a parceria com as organizadas vai reduzir a violência nos estádios e arredores. “Fico bastante satisfeito que as torcidas tenham aceitado esse termo. Futebol é paixão nacional e, a partir de agora, a segurança será maior.”


Conscientização

O presidente da Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro, Flávio Martins, ressaltou que agora é preciso conscientizar os associados para o que chamou de “nova linha de conduta nos estádios”. “Espero que a procura da paz se faça realmente acontecer, que o TAC seja um instrumento em direção ao nosso grande objetivo, que é paz nos estádios”, disse.

O TAC assinado por 36 torcidas organizadas do Flamengo, Vasco, Botafogo e Fluminense prevê o cadastramento dos integrantes das torcidas organizadas em seis meses. O cadastro será feito por meio do Programa Torcida Legal, um conjunto de iniciativas do Ministério do Esporte para aumentar a segurança nos estádios.

“O cadastro é uma maneira de responsabilizar a torcida, ainda que o integrante não esteja caracterizado”, explicou o promotor Pedro Rubim.


Monitoramento

O cadastramento será feito com a coleta dos dados biométricos dos integrantes das torcidas organizadas, a exemplo do que é feito com os eleitores brasileiros. Uma licitação, no valor aproximado de R$ 50 milhões, está em fase de conclusão no Ministério do Esporte. Os recursos serão aplicados também no monitoramento eletrônico dos estádios com capacidade superior a 10 mil pessoas, como prevê o Estatuto.

“As torcidas organizadas fazem parte do espetáculo. Somos contra qualquer tipo de afastamento, mas queremos identificar quem incita a violência para garantir a paz nos estádios”, explicou o assessor especial de Futebol do Ministério do Esporte, Alcino Rocha.

A torcida organizada que incitar atos de violência nos estádios ou arredores será punida com o afastamento das arenas. Bandeiras e instrumentos musicais serão submetidos ao Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), que também deve ser comunicado de qualquer movimentação de grupos de torcedores.


Fonte:
Ministério do Esporte



14/06/2011 14:31


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