Transformação pelo esporte Paralímpico inspira debate



No marco de 1.000 dias para os Jogos Rio 2016, um bate-papo descontraído sobre assuntos essenciais para todos aqueles que acompanham a evolução do esporte Paralímpico no Brasil. Histórias de superação, a inclusão de pessoas com deficiências na sociedade, o crescimento do esporte no País e a acessibilidade nas instalações dos Jogos foram alguns dos destaques do Hangout Rio 2016, realizado na noite desta quinta-feira.

Transmitido ao vivo pelo canal do Rio 2016 no YouTube, o bate-papo contou com a participação de Susana Schnarndorf , nadadora eleita melhor atleta Paralímpica do ano; Edilson Rocha, dirigente técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro; e Marcos Lima, ex-atleta de futebol de 5 e analista de Integração Paralímpica do Comitê.

Confira o que rolou:

Marcos Lima: “As pessoas que estão assistindo podem não vir a se tornar grandes atletas ou podem, isso acaba sendo o de menos para uma pessoa que nunca praticou o esporte e tem a oportunidade de se desenvolver fisicamente. Eu falo por mim, que nunca fui um grande atleta, mas o esporte também mudou a minha vida (...). Eu, como uma pessoa com deficiência, percebo que o grande legado dos Jogos é a mudança de percepção das pessoas em relação à deficiência e ao papel da pessoa com deficiência na sociedade”.

Edilson Rocha, o "Tubiba: “Chegamos a um ponto de excelência. Para ultrapassar esse ponto, precisamos de algo a mais, um diferencial. Esse diferencial é o Centro Paralímpico de Treinamento. Vai ser sem igual. Um centro para 15 modalidades, com estrutura de fisiologia do exercício, área de medicina, avaliação biomecânica, avaliação de resultados, área de inteligência de esporte e uma universidade. Isso vai ser o ‘boom’ que faltava para assegurar o Brasil como uma potência (...). A gente aprende a lidar com todas as deficiências. Eu acabo aprendendo um pouco de cada uma. É muito interessante, porque você vai aprendendo com cada atleta. Quando vou para uma visita técnica, por exemplo, eu tenho que pensar em todas as necessidades. Tenho que pensar em como encaixar a minha equipe em um prédio, onde cegos, cadeirantes, usuários de próteses ou muletas possam todos ser bem atendidos. Cada vez que voltamos de uma viagem o nosso manual de orientações vai aumentando”.

Susana Schnarndorf: “Divido a minha vida em duas partes: antes da doença e depois. Sempre tive o esporte muito forte dentro de mim. Acho que o esporte Paralímpico trouxe tudo de volta, toda a dedicação que eu tive a minha vida toda. Recebi mil vezes mais como atleta Paralímpica. A minha luta contra minha doença explica a emoção que eu tive quando toquei na borda em Montreal e vi que eu tinha ganhado a prova. Foi muito difícil, mas eu passaria por tudo o que passei de novo para viver aquela emoção mais uma vez. De todas as competições que eu já participei, natação convencional, triatlo, as provas de iron man, com certeza aquela prova foi a mais importante da minha vida”.

Fonte:
Comitê Rio 2016



13/12/2013 19:38


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