Transportes Metropolitanos: CPTM inicia obras para beneficiar população da Grande São Paulo



Governo iniciou, em novembro, as obras de extensão da Linha C, na zona sul da capital

Depois de obras importantes, como a modernização das estações Brás e Luz, os projetos prioritários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) deslancharam, em 2005. Os primeiros trens do programa Boa Viagem começam a ser recuperados; obras para estender os serviços da Linha C (Osasco - Jurubatuba) até a região do Grajaú foram iniciadas; e a Recapacitação Linha F (Brás-Calmon Viana) avança com a conclusão dos projetos das estações e intervenções de infra-estrutura.

Desta forma, com o aumento da oferta e a crescente demanda por transporte coletivo na Região Metropolitana, a empresa ruma à marca de 3 milhões de usuários transportados com a modernização do sistema. Neste mês de dezembro, por exemplo, a média diária de passageiros se aproxima dos 1,5 milhão de pessoas, recorde desde a fundação da companhia a pouco mais de 13 anos.

Mais e melhores trens

            No final de setembro, a CPTM enviou para reforma as primeiras unidades. Em fevereiro, deverão ser entregues oito trens que servirão a Linha F. Essas intervenções fazem parte do Programa Boa Viagem, que prevê a modernização de 122 trens - um total de 328 carros - cerca de um terço da frota da empresa. O projeto está orçado em R$ 388 milhões e é previsto para ser concluído em etapas, até 2009. A reinserção dos trens acontecerá de forma gradativa na grade operacional da empresa. Até o final de 2006, outras unidades serão entregues.

            Transporte de qualidade

O Governo do Estado iniciou, em novembro, as obras de extensão da Linha C, na zona sul da capital, durante cerimônia que marcou o lançamento do trilho fundamental no local onde será construída a futura Estação Grajaú.

O projeto prevê a ampliação da atual circulação dos trens, que hoje operam no trecho Osasco-Jurubatuba. Serão construídas três novas estações – Autódromo, Interlagos e Grajaú –-, mais 8,5 km de vias, em mão dupla, de bitola larga (1,60 m), sinalizadas e eletrificadas, o que resultará em um total de 32,8 km de percurso na Linha C. A estimativa é de um acréscimo de 40 mil novos usuários à atual média diária, de 82 mil passageiros.

Investimentos

Cruzando uma das regiões mais carentes da região metropolitana, a Linha F passa por várias intervenções, realizadas em etapas e em diversas frentes de atuação, com destaque para a construção de novas estações e a recuperação de trens, que beneficiarão mais de 120 mil usuários/dia transportados atualmente.

Orçado em 250,6 milhões, o projeto prevê a redução dos intervalos entre os trens de nove para sete minutos nos horários de pico. Com o maior número de composições em circulação, deverá aumentar em torno de 70 mil o número de usuários transportados no sistema. Na primeira fase, a CPTM vai modernizar duas estações existentes – Itaim Paulista e Comendador Ermelino; e construirá outras três: Jardim Romano, Jardim Helena e USP Leste. Também haverá intervenções em via permanente, rede aérea e sistemas de sinalização e telecomunicações, incluindo reformas em subestações elétricas e adaptações em cabines seccionadoras.

Acessibilidade nas estações

Em atendimento ao Decreto Federal 5.296, de dezembro de 2004, a empresa elaborou um “Plano de Adaptação às Exigências de Acessibilidade do Sistema Existente”, com o objetivo de tornar seus serviços totalmente acessíveis para as pessoas com deficiência ou restrição de mobilidade, em dez anos. Na pratica, a CPTM tem pressa e continua a adequar suas estações, a exemplo do que já vêm ocorrendo nos últimos anos.

As obras de acessibilidade nas estações Osasco e Presidente Altino, que servem as linhas B e C, e Jurubatuba, na Linha C, estarão concluídas em meados de 2006. Neste ano, a companhia instalou um elevador para esta finalidade na Estação Santo Amaro, também na Linha C. Além das novas edificações previstas nos projetos de Extensão da Linha C e de Recapacitação da Linha F, a empresa desenvolve projetos básicos para modernização de mais 41 estações e executivos para outras 12 unidades.

Futuro

Uma das novidades em 2005 foi a divulgação pela CPTM e Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos do estudo de viabilidade com vistas à implementação do Trem Expresso Bandeirante (São Paulo – Campinas), ao longo de uma série de sessões públicas, nas duas cidades e em Jundiaí, em outubro, e, em Madri, na Espanha, em novembro.

O estudo propõe a construção de uma ligação ferroviária de 93 km entre as duas principais cidades do estado, passando por Jundiaí e

chegando até a Estação Barra Funda. De acordo com esse levantamento, o tempo da viagem será de aproximadamente 50 minutos e a velocidade máxima do trem de 160 km por hora (110 km/h operação comercial).

O custo estimado para implantação do projeto, que poderá ser realizado no molde das PPP’s (Parcerias Público-Privadas), gira em torno de R$ 2,7 bilhões. Destes, R$ 2 bilhões são referentes às obras de infra-estrutura (incluindo desapropriações, construção de vias, viadutos, pontes, passagens, túneis etc.) e R$ 700 milhões para compra de trens. De acordo com o calendário dessa primeira avaliação

12/27/2005


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