Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após recepção ao presidente e ao Consel



Parte I

Parte I Reunião com a British Gás Pergunta: Eu queria falar com o senhor sobre uma afirmação do secretário José Aníbal (da Ciência e Tecnologia). Ele disse que estaria estudando com o secretário Mauro Arce (da Energia) medidas para beneficiar o setor de exportação agora nesta fase que vai iniciar o racionamento. O senhor sabe que medidas seriam essas? Alckmin: Antes dessa questão da energia, eu queria dizer que o doutor Giordano, que é o presidente da British Gas, está aqui com todo o conselho de administração da empresa. A Comgás faz este ano R$ 250 milhões de investimentos aqui no Estado de São Paulo, são mais 320 quilômetros de rede de distribuição de gás no Estado. Isso vai possibilitar substituir o óleo combustível por gás natural nas indústrias. Então, você tem um ganho ambiental extraordinário, tem um ganho de produtividade, de eficiência e de qualidade final do produto em muitas indústrias, porque os fornos se mantém com temperatura mais estáveis. E, nós conversamos com ele, além desses investimentos programados que estão caminhando no Estado de São Paulo, sobre duas questões. Primeiro como é que o gás natural pode ajudar neste momento de falta de energia, de crise de racionamento e a Comgás vai desenvolver aqui dois trabalhos. Já começou primeiro a substituição de quem tiver o gás natural no chuveiro elétrico pelo aquecedor à gás. Tem até um programa chamado PAQ (Programa Água Quente) que você faz essa substituição congelando a sua despesa, o seu pagamento de gás para a Comgás durante doze meses para poder financiar este tipo de trabalho. O segundo, são os geradores a gás. Você também tem a possibilidade de levar o gás natural, expandir a rede para quem quiser ter geradores a gás. E a outra conversa foi sobre a questão da poluição, ou seja, acelerar o processo de postos de combustível, distribuindo o gás natural para que os veículos, os automóveis, os ônibus, possam se utilizar do gás natural, que é uma energia limpa, uma energia verde, não poluente. E a maior causa de poluição do ar aqui na Região Metropolitana de São Paulo são os veículos. Nós estamos na cidade mais motorizada do mundo, mais do que Nova York e do que Tókio. Nós temos cinco milhões de veículos, ou seja, para cada duas pessoas um veículo. Na substituição da gasolina para o gás natural vai haver um grande ganho ambiental, além de ser muito mais barato. Tanto é que todo taxista quer trocar a gasolina para o gás natural. Hoje são 24 postos, e chegaremos a dezembro com 80 postos, e o ano que vem com mais 150. E não só aqui na Capital, mas inclusive no Interior, para que as pessoas possam utilizar o gás natural nos veículos. Pergunta: Vai haver algum incentivo para além dos taxistas, o motorista comum também modificar o seu carro? Alckmin: Não. O incentivo é o preço. Como é mais barato, quem usa bastante compensa trocar, fazer a adaptação porque a economia que você vai fazer com o gás natural é enorme e o ganho para a sociedade é o ganho ambiental. Porque a maior causa de poluição hoje no ar é o gás carbônico, é o monóxido de carbono, é o automóvel. Pergunta: Governador, dentre os postos que o senhor citou já está incluso o Interior? Alckmin: Estão inclusos. Hoje são 24, até dezembro chega a 80 e no ano que vem mais 150. Hoje, dos 24 tem um no Interior, que é em Jundiaí, e 23 aqui em São Paulo. Agora vai se expandir estrategicamente ao longo da Via Dutra, das rodovias do Interior, além da Região Metropolitana. Pergunta: Esse gás natural é o que vem da Bolívia? Alckmin: O gás natural vem da Bolívia. É o gasoduto Bolívia-Brasil. Ele vem da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, da Bacia de Merluza, na Baixada Santista, você tem várias.... Pergunta: Majoritariamente ele vem de onde governador? É o boliviano que é a principal fonte de abastecimento? Alckmin: Eu tenho a impressão que as duas principais fontes de abastecimento são a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e a Bolívia. Pergunta: Esse aumento do número de postos tem um prazo especificado? Alckmin: Até dezembro deste ano chegaremos a 80 e até dezembro do ano que vem a 230. Ou seja, mais 150 postos para poder substituir o combustível, a gasolina, fazer a conversão para o gás natural. A outra conversão importante é a da indústria que usa óleo combustível e pode trocar pelo gás natural. Você trocando pelo gás natural tem um ganho ambiental imediato, porque diminui muito a poluição atmosférica. Pergunta: (ináudivel)... investimento para facilitar as indústrias automobilísticas a fazerem motores ligados à gás? Alckmin: Veja bem, à medida que você tem os postos, você tem acesso ao gás natural e há interesse, isso é mercado. E à medida que há interesses, há demanda e essa conversão vai ocorrendo. Pergunta: Mas, governador, eles estão interessados porque no exterior isso é comum nos chamados carros verdes? Alckmin: É o que foi colocado, inclusive pelo presidente da British Gas, dizendo que ele se reuniu ontem à noite com um dos grandes fabricantes na área de diesel, inclusive de ônibus, estudando a possibilidade da

05/14/2001


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