Trechos da entrevista coletiva do governador Mário Covas após entrega de viaturas para a Rota



Parte II

Guerra fiscal Repórter: Um senador do PMDB disse que a guerra fiscal pode abalar o pacto federativo do país. O senhor vê assim também? Ele pede até a interferência do Governo Federal para acabar com a guerra fiscal. Covas: O Governo Federal tem como acabar com a guerra fiscal, ele inclusive tem como acabar com a guerra fiscal, porque ele sendo senador vai votar a Reforma Tributária no Congresso. Portanto, basta ele votar na Reforma Tributária a eliminação do tributo na passagem de um Estado para outro que está acabada a guerra fiscal. Repórter: O senhor acha que interfere no pacto federativo? Covas: Não sei, eu não sou senador mais. Quando eu era senador é que eu respondia essa pergunta. Agora não, agora sou governador. Segurança pública Repórter: Governador, as viaturas de hoje são um bom reforço para a Segurança? Covas: Há dois dias atrás nós entregamos 94 para a Baixada Santista. Hoje nós estamos entregando aqui 80. Mas isso não é o total, acho que tem cerca de mil compradas e até o fim do ano virão mais mil pelo menos. Reforça, lógico, isso reforça. Nós já compramos sete mil veículos para a polícia. Mas o desgaste do veículo na polícia é muito grande. E nem pode ser diferente. Agora, é a primeira vez que se está comprando veículo especializado para a periferia, ou seja, veículo mais alto que pode andar na periferia sem arrebentar o veículo. Porque esse veículo mais baixo com o qual a gente opera, na periferia, onde não é pavimentado, ele atola, ele prende embaixo. Então foram comprados veículos tipo jipe. Acho que até a diesel. São Land Rovers de quatro portas, a diesel. Aqueles carros tradicionais vão ficar mais no centro porque pode operar até com um soldado só. Não precisa nem de ter dois soldados dentro. Aliás, me diz o secretário, não sei se é verdade ou não, que essa história de carro correndo atrás de outro carro é só em filme de cinema que a gente vê. Aqui não acontece isso. Repórter: No aspecto de armamento, o senhor disse em seu discurso sobre novas armas para a Rota e para a polícia de maneira geral. Que armas são essas? Covas: Dentro de cada um desses carros tem uma metralhadora nove milímetros, uma carabina calibre 12 e uma 44, além dos revólveres. Há uma coisa que está sendo comprada agora, que é o gás pimenta. Você não precisa estar atirando em todo mundo. Se tem alguém que você pode dominar com facilidade, tem o gás pimenta, que tonteia o cara. Não mata mas inabilita a pessoa para reagir. Foi comprado também uma porção. Repórter: Está chegando? Rui César Melo: O gás pimenta já está aí. A tropa está passando por uma instrução específica de uso para poder sair com ele na rua. Covas: Olha, não há de ser por falta de material. Nós vamos inaugurar muito proximamente, aliás isso quem está dando para a gente é a Fiesp e o Instituto São Paulo Contra a Violência, é o esquema do disque denúncia. Estamos numa negociação muito gratificante para ver se melhoramos ainda mais o sistema de comunicação da polícia. Política nacional Repórter: O senhor acha possível uma reaproximação do Ciro Gomes com o PSDB? Covas: Não, acho que o Ciro escolheu um caminho, é candidato do PPS. Depende do que você chama de reaproximação. É co-participação partidária? Repórter: Não, é a volta dele para o PSDB. Covas: Ah, isso eu acho difícil. Repórter: Ou uma aliança? Covas: Acho difícil as duas coisas, porque eu acho que depois dele percorrer esse caminho todo, ele não sai do partido dele para vir ser candidato em outro partido. E segunda coisa, acho muito difícil que o PSDB possa apoia-lo, tendo o PSDB o presidente da República. É lógico que o PSDB vai ter um candidato próprio. Acho difícil isso acontecer. Repórter: Por que o Tasso e o ... estão tentando essa reaproximação, então? Covas: Porque eu acho que o Tasso acha conveniente que as duas figuras não estejam em choque, não estejam se digladiando. Eu não li a entrevista do Tasso, vi só referência a esta e não sei que termos ele colocou. Repórter: A preocupação é que o Ciro dividiria os votos, tiraria os votos do PSDB. Dividiria uma parcela de votos que seria, vamos dizer, de uma mesma faixa de eleitores. Covas: Bem, então, como consequência, o PSDB não deveria ter candidato. É isso? Repórter: O PSDB poderia perder... Covas: Perder você pode perder em toda campanha. Veja o Maluf. Tomou uma piabada do tamanho de um bonde e achava que ia ganhar a eleição. Botou banca até o dia da eleição. Repórter: O presidente Fernando Henrique tem comentado alguma coisa sobre essa preocupação? Covas: Comigo? Mas se ele conversar comigo eu não conto para você. Só falta essa agora. Detran Repórter: Tem um novo prazo para o projeto do Detran, tem algum esboço, alguma coisa? Covas: Tem uma porção de esboço. Repórter: Tem um novo prazo? Covas: Não tem novo prazo, não. Quando ficar pronto eu t

01/25/2000


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