Três senadores já se declararam pré-candidatos à Presidência do Senado



Poucas horas após o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciar, nesta terça-feira (4), que renunciava à cadeira de presidente do Senado Federal, a disputa pelo cargo mais importante da Casa já dá sinais de que irá ocupar grande parte das atenções dos senadores nos próximos dias.

Tradicionalmente, o partido que tem a maior bancada indica o candidato à Presidência. Apesar de ainda não ter um nome de consenso, conforme informou o líder do partido, Valdir Raupp (RO), o PMDB já conta com três pré-candidatos: os senadores Garibaldi Alves (RN), Valter Pereira (MS) e Neuto de Conto (SC).

Eles afirmaram aos jornalistas, em Plenário, que iniciarão contatos com os demais senadores. Garibaldi Alves Filho frisou que foi o primeiro entre todos os pré-candidatos a lançar seu nome e que, por isso, considera-se em vantagem em relação aos outros dois. Ele se disse confiante diante das manifestações de solidariedade que tem recebido dos colegas.

- Eles são coerentes. Não vão me dizer uma coisa ontem e amanhã me dizer outra - disse.

Neuto de Conto admitiu que também teve seu nome cotado para disputar a Presidência dentro da bancada devido a seu perfil conciliador. Valter Pereira, por sua vez, afirmou que só será candidato com o apoio da bancada.

- Não serei candidato de mim mesmo - disse.

Outros senadores do PMDB que chegaram a ser cotados para ocupar a Presidência, como Jarbas Vasconcelos (PE), José Maranhão (PB) e Leomar Quintanilha (TO), desmentiram durante a tarde a intenção de pleitear o cargo.

Segundo Raupp, a bancada realizará na próxima quinta-feira (4) pela manhã uma reunião para apresentação formal das candidaturas. Caso haja, de fato, mais de um candidato, será necessário promover uma eleição interna.

- A idéia é chegar a um nome que seja um consenso tanto dentro da bancada quanto fora dela - disse o líder.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), afirmou que tucanos e Democratas estão dispostos a bancar um nome indicado pelo PMDB, desde que ele seja "aceitável", mas observou que a oposição também tem seus nomes. Um nome que, segundo Arthur Virgílio, está descartado pela oposição é o do senador José Sarney (PMDB-AP) - que também chegou a ser cogitado -, porque, de acordo com o líder, deixou de se manifestar durante a crise que o Senado atravessou este ano.

Regimentalmente, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC) tem cinco dias úteis a partir da publicação da renúncia de Renan Calheiros no Diário do Senado para promover novas eleições. Elas devem ocorrer na próxima quarta-feira (12). Tião Viana convocou reunião de líderes para tratar do assunto na terça-feira (11).



04/12/2007

Agência Senado


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