TSE veta divulgação de pesquisa









TSE veta divulgação de pesquisa
Tribunal viu desigualdade no tratamento aos candidatos na consulta pedida por José Serra

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu – a pedido da coligação Grande Aliança (PMDB-PSDB), de José Serra – divulgação de pesquisa eleitoral feita pela CNT/ Sensus. Para o tribunal, parte das perguntas feitas pelos pesquisadores trata de forma desigual os candidatos.

Segundo o TSE, a pesquisa, que poderia ser divulgada hoje, tinha perguntas sobre a influência de três candidatos à vice-presidente na campanha, enquanto há seis candidaturas registradas.

A proibição foi determinada por meio de liminar (sentença provisória). O advogado Torquato Jardim, ex-ministro do TSE, entrou com um recurso contra a proibição, e a decisão sobre a manutenção ou não da liminar deve sair nos próximos dias.

Clésio Andrade, licenciado da presidência da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), apóia o candidato Ciro Gomes (PPS). A CNT não comenta a decisão do TSE. Ricardo Guedes, diretor da Sensus, não foi localizado para comentar a decisão.

O TSE também deu liminar proibindo, novamente a pedido da coligação Grande Aliança, divulgação de pesquisa feita pela AOL (America Online) entre seus assinantes. Os partidos que apóiam Serra disseram que a amostra da pesquisa não ponderava sexo, idade, grau de instrução e nível econômico, e os entrevistados podiam escolher mais de uma vez entre as opções no site.

O TSE concedeu liminar porque entendeu que a pesquisa da AOL estava sendo divulgada antes do prazo previsto. A pesquisa, que será feita até 5 de outubro, teria os resultados parciais divulgados desde o dia 19. A liminar impede apenas a divulgação. A pesquisa poderá ser feita normalmente.


Genérico alivia bolso do consumidor
Apesar do preço salgado dos medicamentos, quem sofre de doenças crônicas economizou 40%

Os medicamentos tradicionais, no Brasil, tiveram uma elevação de preços de 125%, na média, desde a implantação do Plano Real, em 1994. Diabéticos e hipertensos, especialmente, sofreram uma sobrecarga em seus orçamentos. Mas a defasagem entre o preço inflacionado dos remédios e os rajustes salariais (cerca de 30% no mesmo período) pôde ser atenuada em 40%, desde que os medicamentos genéricos entraram no mercado, há dois anos.

O diabético que usou em seu tratamento o Daoneil, por exemplo, tinha um gasto anual de R$ 344,16 em 2000. Esse valor caiu para R$ 309,84, em 2001, e chegou a R$ 250, 56, em 2002. Essa queda de preços tem relação direta com o surgimento dos genéricos, hoje com 620 tipos de medicamentos no mercado.

Os maiores beneficiados com a criação dos genéricos foram os idosos que sofrem de doenças crônicas como diabetes, colesterol alto e hipertensão, cujo tratamento é contínuo e requer a compra mensal de remédios. "Procuramos sempre alimentar as indústrias de genéricos com uma lista dos medicamentos mais requisitados e, certamente, os direcionados aos idosos têm grande importância: afinal, eles são os maiores consumidores", afirmou Vera Valente, gerente-geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em novembro e dezembro de 2001, revelou que 48% dos consumidores pedem os genéricos nas farmácias e 40% pedem para trocar o remédio de marca por um genérico. "É visível a maior aceitação dos genéricos, temos uma pesquisa que comprova a redução de 40% a 70% no custo de tratamentos para doenças crônicas, é impossível resistir. Quero lembrar que esses medicamentos passam por um teste de bioequivalência, ou seja, tem total garantia de qualidade", completou Vera.

O coordenador do Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (IDUM), Antônio Barbosa, discorda da gerente da Anvisa. Ele acredita que os genéricos não aliviaram a renda de quem gasta com remédios. "O problema é que na hora de tabelar o genérico o governo faz um comparativo com o preço mais alto do remédio de marca em vez de fazer média com os remédios que têm o mesmo composto ativo. Dessa forma, o preço do genérico sairia mais baixo ainda."

Peso maior para idosos
Apesar de os medicamentos genéricos apresentarem preços mais acessíveis, parte dos idosos ainda sofre com alguns medicamentos que não têm genéricos. O aposentado Adão Meira Santos, de 70 anos, gasta 40% de sua renda em medicamentos.

"Ganho mil reais por mês e como coloquei duas pontes de safena e minha mulher sofre de colesterol alto, estou gastando quase metade do meu orçamento familiar com os remédios, pois nem todo medicamento que eu e ela tomamos tem o seu genérico".

Já a modelista Marlene Pereira Guimarães, de 64 anos, acredita que a solução é pesquisar. "Com os genéricos os preços estão melhores, mas ainda vale a pena pesquisar. Infelizmente, quando minha pressão sobe, gasto muito com um medicamento que não tem o seu correspondente genérico".

Para quem não encontrou problemas em achar o medicamento genérico correspondente ao remédio tradicional usado anteriormente no tratamento da sua doença, a diferença entre os preços assusta. O militar aposentado Edvar Rodrigues Vieira, de 53 anos, ficou impressionado com a variação. "Estou achando a diferença enorme, o que é muito positivo e felizmente estou encontrado tudo o que preciso em relação aos medicamentos genéricos".

O gerente da Droga Vison, que fica na rua das Farmácias, Augusto Xavier, contou que parte dos consumidores ainda tem receio de comprar o genérico. "Os hipertensos são os mais desconfiados, hoje temos cerca de 40% dos clientes comprando genéricos".

O aposentado Hugo Lauterjung, de 71 anos, é um dos desconfiados. " Não posso confirmar que eles não fazem efeito, mas sempre fico com o pé atrás".

Os interessados em obter mais informações sobre os remédios genéricos, podem acessar o site www.anvisa.gov.br ou ligar para o disque-saúde no 0800-61-1997.


Aumento das tarifas públicas bate recorde
Os preços controlados pelo governo foram os que mais subiram, pressionando a inflação

Os preços que o governo poderia ter controlado foram os que mais pressionaram a inflação para cima. O reajuste de tarifas públicas no período não inflacionário da era FHC bateram um recorde nos últimos dois anos, se verificados os valores praticados quando da implementação do Plano Real.

O vice-presidente do Conselho Regional de Economia, Roberto Piscitelli, afirma que os preços dos produtos e serviços administrados pelo governo ou por empresas que foram privatizadas subiram muito além da inflação.
Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Diesse) revela que desde o início do Plano Real em 1994 até junho de 2002, o Índice do Custo de Vida (ICV) foi 125,83%. Neste mesmo período, o telefone subiu 579,64%, o gás de cozinha 446,88%, os serviços públicos 234,80% e a gasolina 214,80%.

Piscitelli explica que quando o governo tinha o controle das empresas não havia repasses tão intensos para o consumidor, como acontece, por exemplo, na telefonia. Ele diz que os aumentos de produtos e serviços não refletem o aumento do custo de vida, em outras palavras, a inflação.

"As empresas preferem usar o IGPM, que capta muito mais a influência do dólar, a reajustar os produtos por índices que medem o custo de vida", comenta. A desatualização do orçamento familiar é outra reclamação de Piscitelli. "É da época em que bens e serviços representava bem menos. A inflação é maior do que a refletida nos índices", diz.

Os reajustes
Evolução dos preços públicos desde o início do Plano Real, em 1994, até junho de 2002


Acordo com o FMI ai nda sem data marcada
O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que o governo não fixará prazo para a conclusão das negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo ele – que esteve reunido durante uma hora e quarenta minutos com o ministro da Fazenda, Pedro Malan – estabelecer prazos pode aumentar ainda mais a especulação no mercado.

"Não adianta ficar colocando datas que vão servir para o mercado especular. Não saiu essa semana então é porque não vai sair... Aí sobe de novo o dólar. Não é assim! Vamos pensar em termos de Brasil, no povo. O povo é quem sofre com estas especulações, inclusive esta de dar data", afirmou o presidente, no Palácio da Alvorada, ao lado do presidenciável tucano, José Serra, e sua vice, Rita Camata.

Desmentindo informações divulgadas na imprensa, de que a equipe econômica estaria trabalhando para o anúncio do acordo esta semana, Fernando Henrique foi taxativo: "Vocês acham que um acordo dessa importância sai em uma semana? Quando saiu? Em que país saiu em uma semana?".

O presidente garantiu que se for preciso fechar um novo acordo com o FMI para acalmar os mercados, o Brasil o fará. "Os mercados estão aí com exigências totalmente descabidas mas nós precisamos cuidar para que a taxa de juros não dispare, para que a população possa ter um horizonte de tranqüilidade. E se a condição para isso – como parece ser – for o apoio do FMI, não nos faltará", disse.

Fernando Henrique lembrou que durante a sua campanha para a reeleição, em setembro de 1998, teve que recorrer ao FMI para acalmar as turbulências na economia, o que ajudou o Brasil a superar a crise. "Então agora é a mesma coisa", disse.


Qualificação profissional não ajuda
"O governo deve criar emprego para mão-de-obra sem qualificação, e não tentar adaptá-la", afirma professor
Para o especialista em mercado de trabalho e professor da USP Hélio Zylberstajn, o fim dos cursos não prejudicará os trabalhadores nem terá impacto nas economias dos Estados, como avaliam os secretários de Trabalho.

"Os governos estaduais utilizam as verbas do FAT para acirrar a guerra fiscal. Eles isentam as empresas de impostos e treinam a mão-de-obra desqualificada. Esse não é um bom caminho para a utilização desses recursos", diz.

Ele avalia que o impacto do fim dos cursos é zero. "Em 80 horas duração dos cursos do Planfor não se qualifica uma pessoa. O que mais me preocupa é que os candidatos à Presidência já disseram que vão manter esses programas. É um desperdício de dinheiro." O professor diz que o governo deveria se preocupar em criar empregos para a mão-de-obra não-qualificada e não tentar adaptá-la a outro tipo de trabalho.

Zylberstajn afirma também que estudo feito há dois anos mostrou que um desempregado que teve acesso a cursos de qualificação tem a mesma dificuldade para retornar ao mercado de trabalho do que um que não participou.

Os convênios com as centrais sindicais para a qualificação profissional não foram afetados, como aconteceu com os dos Estados. Até abril, CUT, Força Sindical, SDS, CGT e Dieese receberam R$ 44,15 milhões. Esse valor é metade do repasse total a ser feito neste ano.


É fácil doar sangue
Hemocentro dá toda a orientação e assistência para que doadores e receptores tenham plena segurança

Para ser um doador voluntário de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos de idade, pesar mais de 50 quilos, ter dormido no mínimo seis horas na noite anterior à doação, não ser portador de doenças infecto-contagiosas (Aids, outras doenças sexualmente transmissíveis, hepatites etc.), apresentar um documento de identidade com foto e preencher um questionário que visa a tornar a doação sem riscos principalmente para o receptor. Para garantir a segurança do doador, o Hemocentro de Brasília obedece às normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.

Antes de comparecer ao Hemocentro, o doador pode comer alimentos leves e sem gordura, como frutas, leite desnatado e sucos. Antes de ser liberada, ou não para a doação, a pessoa é avaliada pelo Serviço de Recrutamento e Orientação ao Doador, onde é identificada e cadastrada como doadora voluntária ou de reposição.

No exame médico, verificam-se pressão arterial, pulso, peso, altura e taxa de hemoglobina (para saber se há ou não anemia). Antes da doação, o voluntário recebe sucos e frutas para garantir uma boa hidratação e favorecer a retirada de até 495 mililitros de sangue.

Depois da coleta, o doador fica em repouso por 15 minutos, não pode fumar até duas horas após, precisa beber muito líquido nas 12 horas seguintes à doação e não deve tomar bebidas alcoólicas até a próxima refeição. Por isso é importante que o doador faça um lanche reforçado logo após a coleta, visando a repor suas necessidades imediatas.

Para evitar problemas, o doador não pode fazer esforço físico nas 12 horas seguintes. De qualquer forma, é bom lembrar que a parte líquida do sangue é reposta pelo organismo em 24 horas e o número de glóbulos vermelhos retorna aos níveis anteriores após 40 dias.

Saiba mais

Onde doar sangue?
De segunda a sexta, das 7h às 16h:
  • Hemocentro de Brasília (Setor Médico Hospitalar Norte, Qd. 3, cj. A, Bl. 3;
  • Hospital Regional de Taguatinga, telefone 353-1018;
  • Hospital de Base do DF (325-5030;
  • Hospital Regional do Gama (556-1422, ramais 274/275);
  • Hospital Regional da Ceilândia (371-2233, ramal 225);
  • Hospital Regional de Sobradinho (591-1030, ramal 170).

    Outros serviços
  • Informações sobre resultados de exames pelo telefone 327-4410;
  • Outras informações pelo telefone 327-4424;
  • Na Internet: www.fhb.df.gov.br.

    Você Sabia?
    O sangue é produzido pela medula óssea e como tecido vivo, leva a todos os órgãos do corpo oxigênio e nutrientes. Ele não pode ser fabricado em laboratórios. Ao doar sangue o organismo repõe em algumas horas o volume inicial.


    Artigos

    Vamos rifar os sujões
    José Luiz Oliveira

    Pelo que se viu nesta primeira semana de campanha, a propaganda política de rua promete ser uma (péssima) atração à parte. Os candidatos já deram mostras de que vão espalhar faixas e cartazes sem qualquer critério, transformando Brasília numa imensa lixeira.

    A resolução 20.988, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autoriza este tipo de propaganda, desde que não interfira na sinalização de trânsito e não fira a legislação comum, como os códigos de postura das cidades. Como Brasília proíbe esta modalidade de propaganda (só são permitidas faixas com serviço de utilidade pública, mesmo assim com prazo pré-determinado), logo faixas e cartazes políticos estão banidos.

    Só que os fiscais de postura não vão agir, como ficou decidido numa reunião entre o desembargador Lécio Resende, presidente do Tribunal Regional Eleitoral, a cúpula da Secretaria de Segurança Pública, representantes da Justiça Eleitoral e das coligações. A fiscalização ficará a cargo de uma comissão da Justiça Eleitoral.

    Pode ser uma boa medida para evitar confrontos e sepultar possíveis acusações de perseguição ou favorecimento das administrações regionais ao governador Roriz, candidato à reeleição. Mas será que a Justiça Eleitoral dispõe de gente bastante para enfrentar a fúria dos candidatos? É aí que mora o perigo. Não adianta ter boa vontade e determinação – qualidades, esclareça-se, que o TRE possui. É preciso ter meios para cumprir a missão, que todos sabem difícil. Porque o político, tanto o calejado quanto o novato, se sente um ser superior, acima de tudo e de todos. É arrogante, dono da verdade; pensa que todo espaço público é de seu domínio particular, q ue pode usá-lo da maneira que bem entender. O resto da população que se dane. São seres comuns. Nem isso: são seres inferiores.

    O político, o empresário, os promotores de shows e os apaixonados que gritam seu amor em pedaços de pano devem receber o mesmo tratamento. As faixas do candidato poluem tanto quanto (ou mais) as do marceneiro de fundo de quintal que precisa divulgar seu serviço, mas não tem dinheiro para pagar anúncio na mídia. Ou se recolhem todas as propagandas, ou não se recolhe nenhuma. Se é para se cumprir a legislação – e é isso que Brasília espera – então recolha-se todas.

    E que nós outros, seres comuns, mas infinitamente poderosos diante da urna, lembremos dos sujões na hora de digitar o número do candidato. Não vale a desculpa de que eleição, momento culminante da manifestação democrática, é uma quadra especial na vida de uma comunidade. Democracia também se exercita com a cidade limpa.

    Abramos os braços para o candidato limpo e competente. Não aquele abraço dos gêmeos de que nos fala Machado de Assis em Esaú e Jacó – "sem vontade, sem força, quase sem braços" –, mas um abraço forte, caloroso. Abraço de eleitor consciente em quem merece representar esta cidade maravilhosa.


    Colunistas

    CLÁUDIO HUMBERTO

    D. Ruth viaja às custas do Erário
    Dona Ruth Cardoso não é funcionária pública, conforme ela mesma já afirmou com orgulho, tampouco exerce qualquer cargo no governo do marido Fernando Henrique Cardoso. Mas usa aviões e helicópteros da FAB, nos seus deslocamentos pelo País, e sempre que viaja ao exterior os cofres públicos tomam conhecimento. Para a viagem que fez entre os dias 13 e 22 deste mês a Portugal e ao Reino Unido, o Tesouro Nacional compareceu com R$ 11.240,00, conforme comprovante em poder da coluna.

    Trapalhada soteropolitana
    Um grupo de servidores municipais de Salvador ganhou na Justiça o direito ao reajuste de 38% nos vencimentos, mas, ao publicar o acordo no Diário Oficial, a Prefeitura errou e estendeu o benefício a todos os servidores, com direito a aprovação unânime da Câmara Municipal. A trapalhada será anulada, mas a turma de ACM já passou atestado de incompetência.

    Mistério no Recife
    Moradores de luxuoso edifício da Jaqueira, bairro nobre do Recife, estão curiosos para conhecer o serviço que está sendo feito ali pela CBTU, do Ministério dos Transportes. Uma kombi da estatal, mantida pelo contribuinte (placa KHM-9795), conduz diariamente ao prédio material de construção, trabalhadores, etc. Deve estar sendo construído, nos altos do edifício, um posto de observação da fluidez do tráfego de transportes coletivos...

    Frigideira socialista
    A turma do PSB não é fácil. Primeiro, Miguel Arraes, Luiza Erundina e Ronaldo Lessa fritaram a candidatura do ex-presidente do STJ, Paulo Costa Leite. Agora, a mesma turma está fritando o próprio candidato a presidente, Antonhy Garotinho. O próximo passo da trinca deve ser fritar os eleitores.

    Esperando justiça
    Nadia Taleb, funcionária brasileira demitida verbalmente da Embaixada do Brasil na Argélia, vai acionar a Justiça em Brasília, para receber 25 anos de direitos trabalhistas. Na sua audiência no Ministério das Relações Exteriores rendeu um inquérito e um ofício ao embaixador José Isnard Penha Brasil Jr. para que consulte “a lei argelina”.

    A visibilidade da tarefa
    Há dias, num intenso tiroteio com bandidos do morro do Querosene, centro do Rio, policiais civis descobriram algo no ar além do tal dirigível contra o crime. Após reforço policial, o prometido helicóptero só apareceu terminado o conflito. Alegaram “problema técnico” e dificuldade de pouso no alto do morro. O Águia 4 tomava o rumo da emergente Barra da Tijuca.

    Assessoria premiada
    A empresa Século Z Comunicação, do jornalista Lima de Amorim, ganhou o prêmio Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, no Rio, na categoria Assessoria de Imprensa 2002, por sua gestão no atendimento à imprensa pelo Hospital Copa D’Or, durante a internação do roqueiro Herbert Vianna. Vai disputar o troféu nacional, Oscar no gênero.

    Inconfidência mineira
    Fontes políticas nas alterosas garantem: adversários de Aécio Neves, que está disparado à frente das pesquisas, estariam dispostos a baixar o nível, com ataques nada diplomáticos sobre sua vida pessoal. O que há de mais leve por trás de tudo atende pelo nome de Newton Cardoso e seus 120 kg.

    O quinto poder
    O Ministério Público Federal ganhará mais uma estrela de xerife, num eventual governo Ciro Gomes, segundo o candidato do PPS tem assegurado a interlocutores da área. Ele defende mais poder aos procuradores federais, como forma de combater a impunidade.

    Mentirinha carioca
    O primeiro patrocinador do dirigível contra o crime no Rio deve ser a Fogos Caramuru, que não dão chabu. Ou, quem sabe, Beira-Mar Celulares Ltda.

    Juíza investigada
    Juíza de Juazeiro do Norte (CE), Maria de Fátima Pereira Jane é alvo de sindicância por supostas sentenças viciadas. Foi denunciada por 74 advogados cearenses.

    Carta de alforria
    A partir de 1º de agosto, findo o recesso, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto, vai iniciar uma cruzada contra uma anomalia na legislação brasileira: os precatórios. Para ele, os candidatos a presidente deveriam se comprometer com o fim dos precatórios, “na verdade, uma carta de alforria para mau pagador”, segundo Fausto.

    Ovnis da CEF
    A Caixa já tem seus Ovnis: os trabalhadores “não-identificados” no extrato da devolução do FGTS.

    Em maus lençóis
    Está no TRE do Rio o pedido de impugnação da candidatura a deputado federal do ex-prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PL). Depois das contas de 2001 impugnadas, Bornier também sofrerá uma CPI para apurar as compras da Prefeitura à empresa F.V. Delta, a maior fornecedora do município. Suspeitam de que a empresa é dele.

    Coitado do ozônio
    Aumentou efeito estufa nos céus do Brasil. Devem ser os gazes dos podres que os candidatos estão levantando uns contra os outros.

    Poder sem Pudor

    Festa da terceira idade
    Padre Vidigal, veterano político de Minas, abandonou a batina para se casar. O então presidente Castelo Branco pediu a seu ministro da Justiça, Milton Campos, que o representasse. Dias depois, Castelo perguntou:
    – Doutor Milton, como foi o casamento do padre?
    O ministro respondeu com o seu fino senso de humor:
    – Eu fui a um casamento, presidente, e voltei com a impressão de ter assistido a bodas de prata...


    Editorial

    COMBATE NA FONTE

    Iniciativas como o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) servem de alento no momento em que o País se encontra atônito com o avanço do tráfico e com a ousadia do poder paralelo dos traficantes. O Proerd é uma adaptação de um programa norte-americano que tenta ensinar estudantes a dizer não às drogas.

    Com visitas de policiais e especialistas, os jovens tomam contato com o clima de violência gerado pelas drogas. É uma forma interessante de abordagem, já que o combate ao consumo não se dá apenas mostrando os efeitos nocivos que as drogas exercem sobre cada cidadão, mas abordam os prejuízos para a coletividade.
    A melhor maneira de engajar as pessoas no combate às drogas é mostrando como elas fazem mal a todos. O dinheiro que o consumidor paga ao traficante para comprar sua dose volta sobre seus amigos e familiares sobre forma de armas, balas perdidas e corrupção de menores. Volta na forma de desemprego, de desmando e de falta de consciência social.

    Ensinar isso a nossos jovens é um desafio possível. Mais ainda porque as drogas se multiplicam e muitas vezes os viciados acham formas de conseguir substâncias mais perigosas para se entorpecer. Que o Proerd cresca e ajude o País a vencer o flagelo do vício e do crime organizado.


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    07/29/2002


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