Tuma defende atuação da PF no combate às ações do PCC em São Paulo
Em entrevista à Agência Senado na manhã desta segunda-feira (15), o senador Romeu Tuma (PFL-SP) afirmou que a Polícia Federal tem de agir para evitar que a crise de segurança que afeta São Paulo se alastre por outros estados. Tuma disse que a crise não está sob controle e que o governo paulistanão pode recusar ajuda do governo federal.
- A Polícia Federal tem competência para agir, pois se trata do crime organizado, a sociedade está em perigo e há policiais morrendo de graça. Não há razão para pedir, muito menos para rejeitar. Quem tem informações deve passá-las, para estabelecer integração e confiança entre os membros da área de segurança - declarou Romeu Tuma.
Tuma trabalhou como policial de 1967 até 1995. Entrou na polícia por concurso e chegou a diretor-geral da Polícia Federal em 1992. Na opinião do senador, a necessidade de ação das forças federais demonstra-se também no fato de que os ataques têm o caráter de uma ação terrorista organizada para desmoralizar a autoridade.
- Os planos dos bandidos foram detalhadamente elaborados. Estruturaram um esquema de eliminar covardemente vários policias, atacar bancos, provocar o caos com a falta de ônibus - disse Tuma.
A crise também é conseqüência de mais de dez anos de falta de investimentos na segurança pública, explicou Tuma. O preparo da polícia não é apenas uma questão de equipamentos e tecnologia; é necessário principalmente investimento nos recursos humanos, nos policiais, ressaltou o senador.
Nesse caso, segundo Tuma, não houve o uso adequado das informações sobre os ataques do PCC, pois, para isso, é necessária a integração de todas as polícias. O uso correto da informação é uma questão de oportunidade, de tempo, de velocidade de resposta às informações, analisou Tuma. Nesse sentido, segundo o senador, a Polícia Federal tem missões a executar dentro da sua área de competência.
- Houve uma coisa inexplicável. A polícia recebeu a informação de que haveria levante e ataques a unidades policiais desde quarta-feira, resolveram isolar os que seriam líderes do PCC e esqueceram de prever os desdobramentos dessa ação - analisou.15/05/2006
Agência Senado
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