Tuma desconfia da ajuda de Chávez a brasileiros que sofrem de catarata
O senador Romeu Tuma (PFL-SP) criticou nesta quarta-feira (14) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por levar 79 pernambucanos para fazer cirurgia de catarata naquele país. Além de interferência indevida nos assuntos brasileiros, esse fato expõe a má gestão da política de saúde do governo Luiz Inácio Lula da Silva, no entender do parlamentar paulista.
- A pretexto de que e a serviço de quais interesses o senhor Hugo Chávez se proporia a oferecer ajuda ao governo brasileiro? Seria por seu espírito humanitário? - questionou Tuma.
O senador recordou que, até a década de 1990, o Brasil sofria com "um déficit gigantesco" na capacidade de operar os doentes de catarata. O programa Mutirão, implementado no governo Fernando Henrique Cardoso, pelo então ministro da Saúde José Serra, teria levado o número de cirurgias a saltar de 65 mil para mais de 300 mil, sem atingir, no entanto, o número ideal: 500 mil intervenções. O quadro teria mudado quando, em fevereiro de 2006, o Ministério da Saúde aboliu os mutirões e passou a liberar verbas aos hospitais que encaminhassem uma lista de pacientes às secretarias estaduais ou municipais de Saúde.
- É claro que, além do tempo perdido na burocracia, os diversos níveis da máquina acabam impondo cortes e limitações ao número de atendidos - disse Tuma.
O senador lembrou que, segundo as metas do Projeto Milênio, patrocinado pelas Nações Unidas, basta a aplicação anual de US$ 110 por habitante para que um país resolva simultaneamente, em menos de uma década, os problemas de fome, mortalidade materna e infantil e doenças transmissíveis. Segundo o parlamentar, o Brasil gasta atualmente US$ 124, com resultados muito aquém do esperado.14/06/2006
Agência Senado
Artigos Relacionados
Cerca de 200 mil brasileiros sofrem do mal de Parkinson
Brasileiros sofrem em cidades mal planejadas, diz Eunício Oliveira
Camata alerta para ação de Hugo Chávez em municípios brasileiros
Alvaro Dias desconfia da promessa do governo de fazer a reforma tributária
TUMA CONCLAMA BRASILEIROS A ATUAR NOS CONSELHOS DE SEGURANÇA
Heráclito Fortes desconfia que Tancredo não teria convocado a Assembléia Nacional Constituinte