TUMA EXALTA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 32



Ao registrar hoje (dia 9) as comemorações relativas ao dia 9 de julho de 1932, o senador Romeu Tuma afirmou que o estado de São Paulo, em defesa dos princípios democráticos, da autonomia federativa e da implementação de "um texto constitucional reiteradamente negado pelos governantes da época", há 65 anos promoveu um movimento armado cujas conseqüências tiveram impacto nacional.

Muitas são as interpretações históricas a explicar a Revolução Constitucionalista, reconheceu o senador, mas, mantidas "a serenidade e a prudência, verificaremos que é inquestionável seu mérito histórico, na medida em que serviu para recolocar o país no caminho das conquistas democráticas". Para Romeu Tuma, sua primeira conseqüência foi a Constituição de 1934, quando as mulheres conquistaram direito de voto.

Fora do campo propriamente político, outro efeito da revolução constitucionalista, segundo o senador, foi o salto tecnológico dado pela indústria paulista, em função da fabricação de armamentos. Por outro lado, foi o intenso emprego da aviação, por parte das forças federalistas e paulistas, que levou o pacifista Santos Dumont ao desespero e à morte, em 23 de julho. "Nem seu sacrifício contribuiu para arrefecer a guerra, embora, em 25 de julho, Getúlio Vargas tenha decretado luto nacional por três dias", acrescentou.

Quanto à natureza da revolução paulista, Tuma afirmou que a considera um movimento popular, autêntico, com centenas, talvez milhares de heróis anônimos. "Não partilho da opinião de que ela tenha acontecido apenas por vontade da elite paulista"- disse.

Os senadores Ramez Tebet (PMDB-MS) e Esperidião Amin (PPB-SC) registraram a importância do pronunciamento de Tuma, por garantir que o Senado não se omitisse diante de uma data marcante na história do país.



09/07/1997

Agência Senado


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