Tuma ressalta papel da Marinha no regime democrático



A Marinha está trabalhando para a construção de um novo sistema de defesa nacional adequado ao regime democrático, afirmou o senador Romeu Tuma (PFL-SP), durante a sessão em homenagem ao Dia do Marinheiro, a ser comemorado na próxima quinta-feira (13).

- No regime democrático em que estamos vivendo, com a reorganização das forças militares no Ministério da Defesa, presentemente comandado por um civil, é importante frisar que civis e militares estão trabalhando em parceria e buscando novos parâmetros estratégicos - analisou o senador.

Em discurso que lembrou a participação da Marinha em episódios importantes da história brasileira, inclusive na consolidação da independência nacional, Tuma salientou a prestação de serviços à sociedade pela Força. O senador destacou a presença da Marinha na Amazônia, onde é responsável por policiar a fronteira fluvial com os países vizinhos. Outras tarefas desempenhadas pela Força Naval citadas por Tuma são o apoio à pesquisa científica oceanográfica e a manutenção da Estação Comandante Ferraz, no continente Antártico.

Além disso, disse Tuma, a Marinha presta relevante serviço de saúde à populações isoladas e até mesmo no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.

O representante de São Paulo elogiou os esforços de modernização tecnológica que vêm sendo empreendidos pelo governo. Ele citou a recente aquisição do porta-aviões francês Ferdinand Foch, rebatizado com o nome de São Paulo. A compra do navio francês, a um custo de R$ 12 milhões, representou, segundo Tuma, uma enorme economia para o país.

- A construção de um novo demandaria em torno de R$ 600 milhões - disse.

A embarcação terá, conforme o senador, papel importante no patrulhamento da costa brasileira, além de poder integrar as marinhas do continente sul-americano, que não possuem este tipo de equipamento.

- O Brasil está esforçando-se para chegar ao domínio da capacidade de construção naval e temos a demonstração disso num setor altamente complexo, qual seja, o da construção de submarinos - disse Tuma, ressaltando a necessidade de que o Brasil seja auto-suficiente nesta área.

11/12/2001

Agência Senado


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