TV SENADO EXIBE SEGUNDO CAPÍTULO DO DOCUMENTÁRIO "DOSSIÊ CHATÔ: O REI DO BRASIL"
A TV Senado exibe nesta segunda-feira, 21 de setembro, o segundo capítulo do documentário Dossiê Chatô: o Rei do Brasil, nos horários de 3h30, 14h30 e 21h. A série, que toma como base a biografia de Assis Chateaubriand escrita por Fernando Morais, foi produzida pela Guilherme Fontes Filmes em sete programas, tem direção de Walter Lima e fotografia de Walter Carvalho.O episódio desta semana chama-se "Inimigos Associados", numa alusão aos Diários e Emissoras Associados, empresa fundada por Chatô. Em seu auge, os "Diários" eram um conglomerado de 40 jornais e revistas, mais de 20 estações de rádio, quase uma dezena de estações de TV, uma agência de notícias e uma empresa de propaganda.Neste segundo capítulo, são abordadas as diversas utilizações que Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello - este o nome de batismo do empresário - fazia dos seus veículos, como Chateau utilizava-se de reportagens - contra e a favor - para conseguir o que queria. O empresário chegou a pôr todo o seu staff mais próximo a contar palitos de fósforos para constatar que a média de cada caixinha era inferior à anunciada e, assim, poder lançar uma campanha em seus órgãos de informação contra o fabricante.Foi por meio de seus veículos de comunicação que Assis Chateaubriand financiou a compra das principais obras hoje expostas no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Após a Segunda Grande Guerra, Chateau e o italiano Pietro Maria Bardi partiram para a Europa em busca de obras de arte.Como sempre fazia em seus grandes empreendimentos, o jornalista não utilizava dinheiro seu. Financiado por empresários brasileiros - que davam o dinheiro em troca de "coberturas jornalísticas especiais", mas que, na verdade, temiam as famosas campanhas difamatórias -, comprou várias obras de Renoir, Ticiano, Goya, Cézanne, Modigliani, Tintoretto, El Grecco, Degas, Manet, Chagall, Toulouse-Lautrec e Rembrandt. A maioria delas adquiridas de famílias em total bancarrota, por preços considerados "de banana", mesmo para a época.A utilização política dos jornais e rádios - e, mais tarde, também das emissoras de TV - é igualmente abordada. A postura híbrida de Assis Chateaubriand, tão variável quanto seu humor, o fez ser amigo íntimo e inimigo pessoal - e, muitas vezes, as duas coisas ao mesmo tempo - dos presidentes Epitácio Pessoa, Arthur Bernardes, Getúlio Vargas, Eurico Gaspar Dutra e Juscelino Kubitschek.O documentário tem depoimentos gravados em São Paulo, Minas Gerais, Brasília e Pernambuco, além de França e Inglaterra. A série, de sete capítulos, é exibida às segundas-feiras. O capítulo anterior foi "Mais rápido que a palavra". Até o dia 26 de outubro serão exibidos, sempre nos mesmos horários, os capítulos "Todos os Poderes da Comunicação"; "Retratos de Família"; "Cabra Macho"; "O Tesouro do Pirata da Paraíba"; e "O Vôo mais alto".
18/09/1998
Agência Senado
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