Uergs contribuirá para o desenvolvimento regional



A audiência pública do Fórum Democrático e da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa, na manhã de hoje (11/05), no auditório da Prefeitura de Encantado, reuniu lideranças da região e diversos setores sociais e serviu para esclarecer o papel que a Uergs desempenhará no desenvolvimento do Estado. O deputado Luís Fernando Schmidt, do PT, afirmou que a universidade estadual está sendo concebida como um instrumento para implementar o desenvolvimento, de acordo com as vocações econômicas regionais. "Além de pública, gratuita e democrática, esta instituição vai promover as potencialidades específicas das regiões". Ele acrescentou que a Uergs vai complementar o importante trabalho que vem sendo realizado pelas instituições comunitárias de ensino superior". O deputado petista alertou a comunidade que setores da oposição, que colocam a disputa partidária acima do interesse público e das necessidades da população, estão lançando boatos de que a Uergs concorrerá com a escolas comunitária de ensino de 3º grau. "Isto é um absurdo e uma irresponsabilidade", classificou. Schmidt explicou que a Uergs não só vai complementar o trabalho das comunitárias como fazer parcerias, assinalando que o projeto prevê a realização de convênios com essas instituições de ensino. "A melhor prova de que não haverá concorrência com as comunitárias é que a Uergs oferecerá cursos diferentes daqueles ofertados pelas comunitárias", demonstra, citando os dois cursos, de Gestão Ambiental e de Automação Industrial, que estão sendo examinados pelo Conselho Estadual de Educação e que deverão formar o primeiro Núcleo de Ensino Tecnológico da Uergs. O deputado José Gomes salientou que a Uergs é apenas o começo de um processo. "Está nascendo a nossa universidade, uma instituição sonhada por milhares de gaúchos há mais de 15 anos e que o nosso governo está tendo a coragem de concretizar", acentuou Gomes. Ele advertiu que o ensino superior é atribuição do governo Federal e que a demanda de vagas é muito maior do que poderá oferecer uma instituição que está recém-nascendo. Gomes assegurou que o Executivo está buscando um caminho jurídico para criar condições de ingresso ao estudantes carentes, evitando a disputa desigual entre ricos e pobres por uma vaga na universidade. "É a chamada discriminação afirmativa ou positiva, que precisa ser tratada com cautela em função das restrições legais. Afinal vivemos sob a prerrogativa formal de que todos devem ter direitos iguais, embora os ricos tenham direitos mais iguais do que os pobres", ironizou. Gomes afirmou também que a bancada do governo e o Executivo estão construindo adequações no projeto para garantir a eleição direta do reitor.

05/11/2001


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