Unesp cria banco de dados do movimento dos sem-terra



O arquivo organiza informações de ocupações, assentamentos e dos movimentos camponeses

O Núcleo de Estudos, Pesquisa e Projetos de Reforma Agrária (Nera), ligado ao Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), câmpus de Presidente Prudente, implantou, em fevereiro, uma nova estrutura de divulgação do Banco de Dados da Luta pela Terra (Dataluta).  O arquivo organiza informações de ocupações, assentamentos e dos movimentos camponeses. No instrumento já constavam, desde 1995, dados sobre a estrutura fundiária do Brasil.

Com o apoio do Programa Permanente de Divulgação da Ciência na UNESP, o Nera cadastrou grupos de pesquisas e pesquisadores de todo o País, além de organizações que trabalham temas relacionados à reforma agrária. Os nomes reunidos passarão a receber as informações contidas no Dataluta. “Temos atualmente o banco de dados mais completo do Brasil”, diz o geógrafo Bernardo Mançano, coordenador do Nera, projeto cadastrado no CNPq.

Desenvolvido por alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores e professores ligados ao Nera, o Dataluta também reúne dados de ocupações da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Ouvidoria Agrária Nacional (OAN). “Confrontados, eles nos oferecem uma leitura mais ampla que os próprios dados organizados pelas fontes originais”, esclarece Mançano.

De acordo com o docente, em 2006, por meio de sobreposição das informações, a CPT registrou 71 ocupações de terra em São Paulo e a OAN registrou 72. Após o confronto ocupação por ocupação, o Nera contabilizou 111. “Isso significa que, separadamente, essas fontes registram parcialmente os dados e que nossa confrontação ajuda a completá-los. No entanto, mesmo com esse esforço, muitas ocupações não são registradas”, conclui.

Da Unesp



03/24/2008


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