Unidade básica de saúde poderia atender 41% das consultas do HC de Ribeirão
Resultado da pesquisa foram apresentados em seminário sobre regionalização e hierarquização do SUS
Uma pesquisa que analisou dados do encaminhamento regional de pacientes ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC/FMRP) da USP mostra que 41% das consultas agendadas para primeiro atendimento no ano de 2005, representaram casos de baixa complexidade, que poderiam ter sido referenciados para as unidades básicas de saúde. Os resultados da pesquisa foram apresentados no Seminário A Regionalização e Hierarquização no SUS na região de Abrangência do HCFMRP-USP, realizado no último 14 de dezembro.
A pesquisa, coordenada pelo professor Marcos Felipe Silva de Sá, diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, fez um levantamento dos casos encaminhados no período de 2000 a 2005, para verificar se a ocorrência dos referenciamentos atendia o perfil de atendimento terciário do HCRP. O estudo teve apoio de dirigentes médicos e administrativos do hospital e recursos financeiros da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com a diretora da Assessoria Técnica do HCRP, Maria Eulália Lessa do Valle Dallora, no período analisado, apenas 21% dos casos referenciados para as primeiras consultas no HC eram de alta complexidade. Para os casos de baixa e média complexidade, os índices em 2000 e 2005 foram de 45,1 e 41% e de 34 e 37,1%, respectivamente. "O que pode ser discutido a partir destes resultados é que a baixa complexidade ainda representa uma parcela significativa dos casos encaminhados para o HCRP", aponta Maria Eulália.
Vagas
A pesquisa também demonstra que os casos de pacientes agendados pela primeira vez, representam um total de 13% do atendimento do Hospital. O gerente-geral do Ambulatório do HCRP, Carlos Eduardo Menezes de Rezende, disse no seminário que do total de pacientes atendidos nas primeiras consultas eletivas, de 20 a 30% não puderam ser absorvidos porque não se enquadraram no perfil de atendimento terciário. O médico relata também que menos de 45% das novas vagas oferecidas pelo Hospital são efetivamente utilizadas, número que considera os pacientes que faltam às consultas eletivas.
O HCRP adquiriu equipamentos de informática para os consultórios médicos, com recursos de R$200 mil provenientes da Fapesp. Este sistema informatizado possibilita ao médico a verificação de novas fichas de referência. "Os recursos também ajudaram a financiar parte do sistema que nós desenvolvemos para guia de referência eletrônica", explica Maria Eulália. “O guia possibilita conhecer o perfil epidemiológico da demanda e também que os encaminhamentos tenham um controle mais apurado".
De acordo com a diretora da Assessoria Técnica do HCRP, a troca eletrônica de informações também está possibilitando a estruturação de um banco de dados. "Desse modo, os gestores podem tomar decisões que atendam ao aparecimento da demanda”, destaca. No seminário, o diretor do Centro de Informações e Análises do Hospital, Wilson Moraes Góes, anunciou para 2008 a implantação de um novo módulo de referenciamento eletrônico que permite o acompanhamento das solicitações e resultados de exames.
(Fonte: Assessoria de Imprensa do HCRP)
Mais informações: (0XX16) 3602-2612, e-mail [email protected], na Assessoria de Imprensa do HCRP
Da Agência USP de Notícias
(I.P.)
12/21/2007
Artigos Relacionados
Saúde: HC de Ribeirão Preto triplica número de vagas com nova unidade de diálise
Saúde inaugura Unidade Básica em Curitiba
Incra viabiliza Unidade Básica de Saúde em assentamento
População de Rio Verde (GO) recebe unidade básica de saúde de emergência 24h
Renda básica de cidadania poderia diminuir violência, afirma Suplicy
Ipem-SP instala unidade móvel em Ribeirão Preto