Universidade Estadual centraliza o debate de plenário
O deputado Onyx Lorenzoni (PFL), que preside a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, criticou o encaminhamento que o governo do Estado vem dando ao debate em torno da criação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Observou que em recente encontro das universidades comunitárias brasileiras, ocorrido em Porto Alegre, os reitores dessas instituições que atuam no Estado, revelaram que desconheciam o tema.
Na opinião do parlamentar esses reitores “responsáveis por 160 mil dos 200 mil alunos em cursos superiores no Rio Grande do Sul”, precisam ser ouvidos por quem pretende organizar uma nova universidade. Ele prometeu que a partir de abril a Comissão de Educação vai abrir espaço para “ouvir o que têm a dizer esses homens e mulheres que fazem a educação no nosso Estado”.
O deputado Giovani Cherini (PDT) parabenizou o governo pela iniciativa de construir a universidade estadual, mas lamentou que os parlamentares não têm sido convidados para participar dos debates que estão ocorrendo em torno do tema. Anunciou a apresentação de um substitutivo que “altera substancialmente o projeto do governo”.
Disse que a proposta de universidade estadual não pode “reeditar a universidade federal, com todos os seus problemas, como o de oferecer ensino público e gratuito a filhos de gente rica”. Argumentou que em vez de fundação, a universidade deve ser gerida através de cooperativa, onde o estudante poderá pagar parte dos estudos em trabalho.
O deputado José Ivo Sartori (PMDB) afirmou que o governo está “solicitando à Casa carta branca para regulamentar posteriormente cursos que nem sabemos quais serão”. Prometeu levantar esse tema nos próximos dias, quando irá questionar a questão do Crédito Educativo, onde o governo não vem cumprindo a Constituição do Estado.
O deputado Edson Portilho (PT) contestou as afirmações de Lorenzoni, sustentando que as universidades comunitárias participaram do debate com o governo no início do processo de discussão do projeto da Universidade Estadual.
Disse que essa participação pode ser ampliada a qualquer momento, já que “o governo vem realizando audiências públicas em todas as regiões do Estado, com o objetivo de ouvir pais, professores, alunos, empresários, reitores e as comunidades”.
Argumentou que o processo de discussão mostra que “a universidade pública não será do PT, nem do governo Olívio Dutra; ela será de todos os gaúchos”.
03/13/2001
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