Vacina contra febre reumática será testada em humanos



Com apoio da Fapesp, pesquisa desenvolvida no Instituto do Coração começou há 13 anos

Uma vacina contra a febre reumática - doença inflamatória que acomete pessoas geneticamente suscetíveis após uma infecção bacteriana - deve começar a ser testada em seres humanos ainda este ano por pesquisadores do InCor (Instituto do Coração), da USP (Universidade de São Paulo).

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Experimentos feitos em roedores e em pequenos porcos sugerem que o imunizante é seguro e tem capacidade de induzir uma resposta imunológica específica contra a bactéria Streptococcus pyogenes.

Na maioria dos infectados, esse patógeno causa apenas dor de garganta. Em crianças predispostas, porém, o contato com a S. pyogenes pode desencadear um quadro autoimune. Na tentativa de se defender da bactéria, o sistema imunológico começa a atacar tecidos do próprio organismo - o coração é o principal alvo.

Segundo a pesquisadora do InCor e coordenadora da pesquisa, Luiza Guilherme, essa reação acontece porque partes da bactéria têm sequências de aminoácidos e a conformação de algumas proteínas muito parecidas com as existentes nas válvulas cardíacas.

Pesquisa

A busca por um antígeno da bactéria capaz de induzir uma resposta imunológica protetora começou no ano 2000, com apoio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE), da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo).

Atualmente, a pesquisa é realizada no âmbito do Instituto de Investigação em Imunologia, um dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) instalados em São Paulo e apoiados pela Fapesp e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Os testes em humanos serão, num primeiro momento, apenas em indivíduos adultos saudáveis (voluntários). O objetivo é verificar se o imunizante consegue induzir a produção de anticorpos específicos.

Os voluntários serão acompanhados por cardiologistas, imunologistas e infectologistas e, paralelamente, terão controle de autoimunidade. Caso os resultados sejam promissores, o próximo passo é partir para testes em crianças e com um maior número de voluntários.

Do Portal do Governo do Estado



05/21/2013


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