Valadares aponta falta de agentes sanitários como agravante da epidemia de dengue



O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) apontou a falta de agentes sanitários no município do Rio de Janeiro como agravante para a epidemia de dengue que assola a capital do estado. Segundo ele, não há como explicar o fato de hoje a prefeitura dispor de apenas 2,2 mil agentes para uma população de 5,8 milhões, quando, no final da epidemia de febre amarela , nos anos 50, o contingente desses servidores era de 5 mil para uma população de um milhão de habitantes. Ele sustentou que, para se enfrentar a epidemia, seriam necessários 43 mil agentes sanitários, "conhecidos como mata-mosquitos".

Falando da tribuna nesta quarta-feira (2), Valadares disse que também não se explica no Brasil, dos dias atuais, a explosão de uma doença como a dengue - transmitida pelo mesmo vetor da febre amarela, o mosquito Aedis Egypt, erradicado há décadas.

- O caso já refletiu no exterior. Como é que uma cidade linda, privilegiada pela natureza, é largada como num país subdesenvolvido? A última epidemia com mortes proporcionais a essa aconteceu nas Filipinas, nos anos cinqüenta. Nós somos a décima potência industrial do mundo. As autoridades até que estão tomando providências, o Exército, mas faltou prevenção, o número de casos supera todos os recordes - protestou.

Valadares sustentou que uma das soluções para a prevenção de epidemias como a da dengue é a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP 01/2003) que regulamenta a Emenda 29, que trata da aplicação de recursos destinados ao financiamento das ações e serviços de saúde. A emenda também garante a correção do orçamento da saúde pela variação anual do Produto Interno Bruto (PIB).



02/04/2008

Agência Senado


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