Valadares fala sobre as ligações de Jorge Amado com o estado de Sergipe
- Os Amados de G, como Gilberto, Genolino, Gilson, Gileno e Gildásio nasceram no meu estado, entre Itaporanga e Estância. Os Amados de J - Jorge e James - nasceram na Bahia - disse o senador.
Na época do Estado Novo (1937 a 1945), contou Antonio Carlos Valadares, Jorge Amado, por se opor ao regime de Getúlio Vargas, refugiou-se em Estância (SE), tornando-se "um estanciano pelo coração e um sergipano pela amizade permanente com a terra do seu pai, dos seus tios e dos seus primos". Ele disse que o escritor, sempre que podia, visitava Sergipe.
Antonio Carlos Valadares destacou que durante o tempo em que Jorge Amado esteve exilado em Estância impulsionou a vida cultural da cidade em parceria com o livreiro João Nascimento. Segundo o senador, Amado escrevia textos que moças e rapazes representavam. Sergipe, disse o senador, tem todos os motivos para partilhar com a Bahia a dor e o sofrimento que a morte do escritor Jorge Amado provoca.
- Neste momento de luto, apresento em nome do estado e do povo de Sergipe, que honrosamente represento nesta Casa, os mais sinceros pêsames a sua mulher Zélia Gatai, companheira permanente, mulher e amiga, mãe e também escritora, completando a biografia tão ilustre do marido amado, aos filhos, aos baianos e a todos os brasileiros que perderam a voz na circunstância da morte do seu maior e melhor intérprete - encerrou Valadares.
08/08/2001
Agência Senado
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