Valadares pede que governos latino-americanos reforcem políticas de combate à pobreza



Em pronunciamento nesta terça-feira (28), o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) pediu mais atenção dos governos da América Latina, e do Brasil em particular, à extrema pobreza. Ele citou estudo do Banco Mundial, no qual este se mostra preocupado com as metas de combate à pobreza desses países, em virtude da crise econômica mundial . As dificuldades geradas pela crise, acrescentou o parlamentar, podem impactar as metas do milênio determinadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O parlamentar citou as conclusões da edição latino-americana do Fórum Econômico Mundial, realizado há pouco no Rio de Janeiro. De acordo com essas conclusões, o crescimento econômico recente, mesmo não tendo sido alto, permitiu mudanças para melhor na esfera da pobreza. Essas melhoras foram também facilitadas por importantes programas sociais e aposentadoria rural.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), órgão vinculado à ONU, também reconhece, segundo o senador, que o crescimento econômico foi crucial para o bom êxito dos programas de erradicação da fome e da indigência ao longo dos últimos anos. As taxas de crescimento econômico, em média de 3% desde 2003 foram também ajudadas por "políticas mais eficazes, como programa Bolsa-Família", e programas de outros países latino-americanos, como o México e a Colômbia.

O senador informou ainda que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) anunciou, na reunião do Fórum Econômico Mundial no Rio de Janeiro, que as projeções de crescimento nulo deixarão os países da região em dificuldades para cumprirem suas metas de erradicação da pobreza e da fome.

A crise econômica mundial, que tem provocado queda nos preços das commodities e uma menor arrecadação dos governos locais, ameaça mais os países cuja economia é mais dependente das relações com os Estados Unidos, citando como exemplo o México e o Haiti.

Antônio Carlos Valadares citou dados da ONU para informar que a extrema pobreza atingia 22% da população latino-americana em 1980, passando a 26% em 1990 e recuando para 21% em 2007. O senador informou que o Pnud recomenda a adoção de políticas publicas para criação de empregos, como também investimentos em segurança pública e na construção civil. Ele elogiou a intenção do governo de construir um milhão de casas populares, mas criticou a limitação do programa a cidades com mais de 100 mil habitantes. Também defendeu a execução de obras de infra-estrutura, como estradas e pontes, assim como a liberação de emendas individuais parlamentares para tais obras.



28/04/2009

Agência Senado


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