Valadares presidirá reunião que vai deliberar sobre o processo Demóstenes
Anderson Vieira e Teresa Cardoso
Mais velho integrante do Conselho de Ética do Senado, o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) presidirá, às 14h desta terça-feira (10), a reunião em que o colegiado vai deliberar sobre a abertura de processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (GO). O parlamentar é acusado de associação criminosa com o empresário de jogos ilegais Carlos Cachoeira e, na semana passada, o PSOL protocolou um pedido de abertura de processo para enquadrá-lo por quebra de decoro.
A informação de que Valadares presidirá a reunião do Conselho de Ética foi dada pelo líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), ao sair de uma reunião com os líderes Renan Calheiros (PMDB), Walter Pinheiro (PT) e Eduardo Braga (líder do governo no Senado).
José Pimentel explicou como o evento ocorrerá. Jayme Campos, hoje presidente interino do colegiado, abrirá a reunião anunciando que não poderá deliberar sobre o processo protocolado contra Demóstenes porque pertence ao Democratas, legenda pela qual o acusado foi eleito.
Em seguida, Jayme Campos pedirá que o mais velho integrante do colegiado assuma a presidência dos trabalhos. Anunciando o pedido do PSOL e determinando sua leitura, Valadares conduzirá então um sorteio para a escolha de um relator para o processo.
O Conselho de Ética do Senado está sem presidente desde que o senador João Alberto licenciou-se para assumir um cargo no governo do Maranhão. Vice-presidente do colegiado, o senador Jayme Campos responde interinamente pela presidência. Na semana passada, Vital do Rego (PMDB-PB) foi convidado a assumir o colegiado, mas concluiu que, presidindo a Corregedoria do Senado, não poderia acumular o novo cargo.
Valadares
“Não gosto de julgar colegas, mas aceitarei a missão”. Assim, o senador Antonio Carlos Valadares reagiu à informação de que presidirá a reunião em que o Conselho de Ética vai deliberar sobre o processo iniciado pelo PSOL contra Demóstenes Torres. Valadares foi informado por telefone da solução concebida pelas lideranças partidárias quando se encontrava relatando um projeto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Ele declarou o seguinte:
- Se é uma convocação, vou fazer o possível para não decepcionar o Senado. Não gosto de julgar colegas, mas em se tratando de um caso em que o nome do Senado está em jogo, não posso negar-me à missão. Tenho o dever de contribuir para a boa imagem desta Casa.
10/04/2012
Agência Senado
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