Valdir Raupp defende implantação do complexo do Rio Madeira



O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) voltou a insistir na implantação do complexo do Rio Madeira, dizendo que essa é uma obra prioritária para garantir a geração de energia e retomar a expansão econômica do Brasil. Ele explicou que o projeto representa o maior investimento infra-estrutural previsto no Plano Plurianual 2004-2007.

O complexo do Rio Madeira é uma proposta integrada que visa a produção de 7.500 megawatts de energia hidrelétrica, por meio de duas barragens - nas cachoeiras de Jirau e de Santo Antônio - e, simultaneamente, a criação de um sistema de portos e hidrovias. Serão 4.225 quilômetros de rios navegáveis no Brasil, na Bolívia e no Peru, transformando as bacias dos rios Madeira, Mamoré, Beni, Guaporé, Madre de Dios e Orthon.

O parlamentar disse que, em Rondônia, o projeto "é ansiosamente aguardado" pela população, esperançosa quanto ao desenvolvimento que ele trará. Ele frisou que a obra trará benefícios diretos aos estados de Mato Grosso e Acre, à Região Norte, ao Brasil e aos vizinhos Bolívia e Peru.

- É, portanto, um grande projeto de integração nacional e internacional, que  viabilizará condições aos investidores na concretização de projetos econômicos e de geração de riqueza - ressaltou.

 Valdir Raupp explicou que, em Rondônia e na maioria dos estados da Região Norte, a falta de fontes de energia tem se tornado obstáculo constante ao crescimento econômico. São estados distantes das grandes usinas geradoras de eletricidade e desconectados do sistema nacional de transmissão. Ele disse que as novas hidrelétricas gerarão energia suficiente não só para abastecer a região, mas com a conexão ao Sistema Elétrico Interligado Brasileiro, até para suprir as necessidades da Região Centro-Oeste.

- Será a possibilidade de criação de um novo eixo industrial no país. A Amazônia poderá oferecer as mesmas condições ao mesmo custo que outras regiões. Menos desigualdade, mais desenvolvimento, menos desemprego, mais riqueza - observou.

Além disso, acrescentou o senador, a produção agrícola da Região Norte, que tem crescido a cada ano, "apesar das dificuldades que os agricultores enfrentam", poderá chegar ao nível de 25 milhões de toneladas ao ano, com grande redução do custo.

Na opinião de Raup, o maior benefício do complexo do Rio Madeira será a integração completa entre Brasil, Bolívia e Peru. No seu entender, o projeto não só facilitará o acesso do Brasil e da Bolívia ao Oceano Pacífico e ao mercado asiático, como também propiciará a saída da Bolívia e do Peru para o Oceano Atlântico, permitindo a chegada dos produtos desses países ao mercado europeu.



27/10/2004

Agência Senado


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