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Da mesma forma, Raupp disse que o presidente do Senado, Renan Calheiros, não tem nada a ver com sua decisão. Ele afirmou que o afastamento de Simon e Jarbas foi motivado pelos projetos que vão chegar nos próximos dias à CCJ, a começar pela prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Raupp também disse que a decisão foi da maioria da bancada, que chegou a esse entendimento em jantar realizado nesta semana em sua casa.

- Respeito demais Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos, mas eles não têm o direito de permanecer no lugar se a bancada precisa desses votos. O PMDB está na base da coalizão do governo. Coalizão trabalha para ganhar. E o papel do líder é trabalhar para aprovar os projetos do governo - explicou.

Valdir Raupp admitiu o constrangimento de afastar dois peemedebistas históricos da CCJ sem ter tido tempo de comunicar previamente a ambos o que ia fazer. Ele contou que deixou o comunicado de afastamento com a Mesa do Senado, para ser lido depois que falasse com os dois senadores, e viajou para Rondônia, de onde tentou falar com Jarbas e Simon por telefone. De Jarbas, ouviu que vários jornalistas já estavam a sua porta para repercutir a decisão. Com Simon, que viajara para uma reunião do Parlamento do Mercosul no Uruguai, o senador disse que nem conseguiu falar.

- Infelizmente, não era assim que eu queria que acontecesse, mas não quero sofrer duas vezes. Decisão tomada, não volto atrás. Afastar senadores é uma das prerrogativas do líder. Na democracia, isso é perfeitamente normal. Se os senadores não estão enquadrados com a liderança devem ser substituídos - defendeu.

Na mesma entrevista, Raupp disse que outros partidos da coalizão governamental devem substituir senadores na CCJ e em outras comissões a fim de garantir a aprovação de matérias de interesse do governo.

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