Valmir Amaral defende presença brasileira mais ativa na construção de refinarias



O senador Valmir Amaral (PMDB-DF) fez um apelo à direção da Petrobras para que, em seus editais para construção de novas refinarias, conste a exigência de que 75% de seus equipamentos sejam provenientes de fornecedores nacionais. Esse percentual, segundo o senador, já está presente no edital de licitação das plataformas P-51 e P-52 e deve ser também observado na execução do projeto de uma nova refinaria, pretendida, entre outros, pelos governos do Rio de Janeiro, de Sergipe e do Ceará.

Na opinião de Valmir, várias empresas brasileiras detêm o nível de tecnologia exigida para participar da construção de plataformas marítimas. Além disso, existiria uma competitividade dos fornecedores nacionais nesse setor econômico. Dessa forma, ressaltou o senador, o setor industrial brasileiro preenche as condições indispensáveis a uma efetiva participação majoritária em projetos que envolvem a produção de petróleo. Uma presença brasileira mais efetiva, acrescentou, evitaria também a concessão de novos privilégios aos fornecedores estrangeiros de equipamentos.

Vale lembrar que, desde 1989, o Brasil aumentou em 23,1% a sua capacidade de processamento de óleo, o equivalente a mais do que o dobro da média internacional, destacou o senador. Valmir apontou, ademais, que uma maior participação brasileira na construção de plataformas marítimas se justifica por causa do peso desse setor na balança comercial. Estima-se que esse tipo de obra envolva US$ 2 bilhões, além de gerar 20 mil empregos diretos.

Valmir Amaral citou o deputado federal Francisco Dornelles (PPB-RJ), que em entrevista concedida ao jornal O Globo, sobre as plataformas a serem adquiridas pela Petrobras, disse que uma empresa estatal não pode ter como finalidade exclusiva o lucro. Essas companhias, de acordo com a posição de Dornelles citada por Valmir, seriam um importante e estratégico instrumento de política de comércio exterior, de desenvolvimento tecnológico e de promoção cultural.



09/04/2003

Agência Senado


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